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Usiminas negocia alongamento da dívida e carência

Na renegociação, a Usiminas firmou um acordo recentemente para adiar cobranças e garantir pagamento dos valores atrasados por quatro meses


	Usiminas: "Assinamos com os bancos em março um stand still de 120 dias e, nesse período, nós não fizemos amortização da dívida"
 (Nelio Rodrigues/EXAME)

Usiminas: "Assinamos com os bancos em março um stand still de 120 dias e, nesse período, nós não fizemos amortização da dívida" (Nelio Rodrigues/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 15h59.

São Paulo - O diretor presidente da Usiminas, Sérgio Leite, afirmou nesta quinta-feira, 9, que a renegociação das dívidas da empresa com os bancos está seguindo normalmente e reiterou que a companhia descarta pedir recuperação judicial.

Nesse processo de renegociação, a Usiminas firmou um acordo recentemente para adiar cobranças e garantir pagamento dos valores atrasados (stand still) por quatro meses, evitando novos desembolsos nesse período.

"Assinamos com os bancos em março um stand still de 120 dias e, nesse período, nós não fizemos amortização da dívida", disse em entrevista à imprensa, após participar de debate no Congresso do Aço.

A negociação está sendo feita com Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além do Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC, na sigla em inglês).

"Estamos rigorosamente no cronograma e devemos concluir esse processo nos próximos 30 dias", complementou Leite.

Segundo o executivo, a negociação envolve alongamento da dívida e carência para início dos pagamentos. Leite afirmou que não há necessidade de novos empréstimos, uma vez que a capitalização já será suficiente para dar liquidez.

"O dinheiro novo está vindo por meio do aumento de capital. Não há necessidade de empréstimo nos bancos."

Em relação aos questionamentos sobre uma possível recuperação judicial, Leite frisou que é uma alternativa descartada.

"Recuperação judicial é algo que apareceu na imprensa no começo do ano e é está totalmente descartado. Não existe esse cenário."

Musa

Os recursos da subsidiária Mineração Usiminas (Musa) destinados a investimentos que acabaram suspensos com o esfriamento do mercado siderúrgico internacional poderão ser usados para aliviar o caixa dos sócios, segundo afirmou Leite.

"Em relação ao capital que hoje está na Musa, estamos discutindo trazer para o nosso caixa e do nosso sócio, a Sumitomo. Não tem nada que impeça isso, mas estamos negociando com o nosso sócio para uma definição", comentou.

Leite explicou que os recursos seriam destinados à expansão da capacidade instalada da subsidiária. Desde a aquisição dessa empresa pela Usiminas, a capacidade instalada subiu de 4 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para 12 milhões de toneladas por ano.

"Nós tínhamos um plano de chegar a 29 milhões de toneladas. Esse plano hoje está suspenso, porque os preços do minério de ferro no mercado internacional estão deprimidos. Pode ser que, no futuro, nós o busquemos novamente", explicou.

"O ideal é trazer parte desses recursos para o caixa da empresa. Esses recursos estavam lá destinados ao investimento de expansão da mineração", ressaltou.

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