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Usiminas desenvolve tecnologia voltada para Minha Casa

Belo Horizonte - A Usiminas pretende disputar espaço no mercado de construção civil, que ganhou fôlego este ano com a oferta de subsídios à habitação pelo governo federal, no âmbito do programa "Minha Casa, Minha Vida". A siderúrgica desenvolveu uma tecnologia com várias universidades do País na elaboração de construções com estruturas em aço, destinados […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Belo Horizonte - A Usiminas pretende disputar espaço no mercado de construção civil, que ganhou fôlego este ano com a oferta de subsídios à habitação pelo governo federal, no âmbito do programa "Minha Casa, Minha Vida". A siderúrgica desenvolveu uma tecnologia com várias universidades do País na elaboração de construções com estruturas em aço, destinados para famílias com renda de até três salários mínimos, principal foco do programa.

O primeiro projeto está prestes a sair do papel e será implantado no município de Volta Redonda (RJ), em parceria com construtoras. O investimento total previsto é da ordem de R$ 32,7 milhões, considerando também a infraestrutura do terreno. O empreendimento já está sendo analisado pela Caixa Econômica Federal (CEF) e a expectativa é de que seja aprovado ainda este mês, para possibilitar o início das obras já em janeiro de 2010 e a conclusão no final do próximo ano.

Conforme o diretor de Vendas da siderúrgica, Ascânio Merrighi, as perspectivas traçadas pela companhia são de que a entrada neste mercado possibilite um incremento de 50% nas vendas de produtos pela Usiminas, dentro do segmento de construção civil, nos próximos cinco anos.

De acordo com ele, o primeiro projeto foi negociado junto à prefeitura da cidade fluminense, que a partir da aprovação irá realizar uma licitação para a escolha da construtora responsável. "Vimos uma oportunidade de mercado em Volta Redonda e conseguimos viabilizar o primeiro empreendimento, dentro do formato do Minha Casa, Minha Vida", disse o executivo. Os primeiros 43 prédios serão construídos em cinco terrenos, com 16 unidades cada um, perfazendo 688 apartamentos. A Usiminas informou que o projeto demandará 814 toneladas de produtos siderúrgicos, principalmente chapas de aço, que serão utilizados para a fabricação das estruturas.

Ele revela que outras negociações já estão em curso pela siderúrgica para a instalação de mais 2,5 mil moradias na Região Sudeste, em municípios como Uberlândia e Juiz de Fora, em Minas e Queimados, no Rio de Janeiro. "Isto é o que está em nossa carteira de projetos", revelou.

Merrighi esclareceu que o sistema construtivo é predefinido, mas pode se adequar às variações de cada projeto. "Para tirar o melhor proveito de uma estrutura de aço, o projeto arquitetônico tem que ter uma modulação definida, estabelecendo vãos, cômodos, o tipo de pilar, de viga", explica. O executivo explica que o maior desafio foi desenvolver uma estrutura economicamente viável para atender a população na faixa de renda de zero a três salários mínimos. "Este mesmo sistema construtivo pode também ser aplicado para construções voltadas para qualquer faixa de renda", disse ele. Ele destaca que além da economia de custo com a estrutura, os empreendimentos irão ganhar com a diminuição do tempo de construção. "A solução permite que o tempo de construção seja reduzido de dois a quatro meses nos projetos que levariam 12 meses para a construção, o que garante ganhos em escala", diz.

A Usiminas oferecerá assistência técnica e acompanhamento na execução da obra. Ele aponta que o valor de cada unidade é variável, dependendo da região onde o projeto será instalado, dentro dos parâmetros do próprio programa do governo federal, mas as estimativas são de que cada unidade custe em torno de R$ 42 mil.

 

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