United Airlines: "Nossa equipe está trabalhando de forma urgente com as autoridades para fazer nossa própria revisão detalhada do que aconteceu" (John G. Mabanglo/AFP)
EFE
Publicado em 10 de abril de 2017 às 20h58.
Última atualização em 11 de abril de 2017 às 13h42.
Washington - O CEO da companhia aérea americana United Airlines, Oscar Muñoz, se desculpou nesta segunda-feira após um passageiro ter sido expulso à força de um voo no domingo, incidente registrado em vídeo que viralizou na internet.
Em comunicado, o dirigente considerou "um acontecimento perturbador para todos na United" a expulsão e as imagens de um passageiro sendo arrastado pelo corredor do avião do voo 3411 com destino a Louisville (Kentucky) e origem no aeroporto O'Hare de Chicago (Illinois).
"Peço desculpas por ter tido que reacomodar estes passageiros. Nossa equipe está trabalhando de forma urgente com as autoridades para fazer nossa própria revisão detalhada do que aconteceu", disse Muñoz.
O diretor executivo afirmou que a companhia aérea tenta entrar em contato com o passageiro para "resolver a situação".
No vídeo é possível ver um homem de traços asiáticos gritando enquanto é retirado à força de seu assento. Em seguida, ele é arrastado pelo corredor do avião por um policial e escoltado por outros dois.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Departamento de Aviação de Chicago, o policial que arrasta o passageiro foi afastado temporariamente "à espera de uma revisão completa da situação".
Enquanto o homem era arrastado, é possível ouvir no vídeo comentários como "olhe para o que você fez" e "bom trabalho, é assim que se faz", em tom irônico.
As testemunhas que estavam no avião afirmaram nas redes sociais que a companhia aérea pediu quatro voluntários para desistir do voo, em troca de outro voo marcado para o dia seguinte, uma quantia de US$ 400 e uma estadia de uma noite em um hotel.
A United precisava desses assentos para acomodar os próprios funcionários, mas nenhum passageiro aceitou a oferta. Depois, a empresa aumentou a proposta para US$ 800 e ameaçou não decolar até que quatro pessoas se levantassem e saíssem a aeronave.
Diante dessa situação, a companhia selecionou aleatoriamente, com o auxílio de um computador, os passageiros que deveriam se levantar.
Um casal foi escolhido, mas o protagonista do vídeo respondeu que era médico e precisava ver seus pacientes na manhã desta segunda-feira, segundo relatou o passageiro Tyler Bridges em sua conta de Twitter.
Bridges declarou que decidiu divulgar as imagens porque "sentia que era algo que o mundo tinha que ver".