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Unindo várias pontas

Fazer mais com menos ou, ainda, o que não era possível. Esse é o papel da tecnologia em qualquer atividade -- quando empregada com inteligência, é claro. Em logística não foi diferente. Os recursos tecnológicos revolucionaram o planejamento, o transporte e a armazenagem de produtos, as três grandes partes que compõem o processo logístico. Armazéns […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Fazer mais com menos ou, ainda, o que não era possível. Esse é o papel da tecnologia em qualquer atividade -- quando empregada com inteligência, é claro. Em logística não foi diferente. Os recursos tecnológicos revolucionaram o planejamento, o transporte e a armazenagem de produtos, as três grandes partes que compõem o processo logístico. Armazéns inteligentes, rastreamento de cargas, reposição automática de estoque... Todos esses conceitos só puderam ser colocados em prática graças a um arsenal tecnológico que conecta máquinas, produtos, armazéns, caminhões e empresas. Veja as principais tecnologias que transformaram a logística nos últimos 15 anos:

O pai do e-mail

A comunicação via EDI (eletronic data interchange) é uma versão embrionária do e-mail. A comunicação era feita em redes privadas, ou seja, era necessário criar conexões específicas para que a comunicação ocorresse.

Softwares que cortam caminhos

Os roteirizadores são softwares que definem os melhores caminhos para que as várias entregas de um mesmo caminhão sejam feitas da maneira mais rápida e econômica possível. Como evolução dos roteirizadores surgiram também os sistemas de gestão de transporte (transport management system), acoplados aos ERPs, que incluem roteirização e agendamento de entregas

Triângulo produtivo

De 1995 para cá, os armazéns começaram a receber redes sem-fio de rádio-freqüência para trabalhar em conjunto com leitores de código de barras. Os códigos de barras servem para identificar as categorias de produtos, caixas, paletes e os corredores onde as mercadorias são armazenadas.

Armazéns inteligentes

Os WMS (warehouse management system) ou sistemas de gerenciamento de armazéns são programas de computador que informam, por exemplo, a ordem em que os produtos devem ser retirados das prateleiras para não passarem da validade, caso sejam perecíveis. Ou, ainda, quais podem ou não ser armazenados em locais próximos para evitar riscos de contaminação. Esses softwares avisam até se o funcionário deve fazer a retirada ou estocagem dos produtos com empilhadeira ou não. Em galpões que podem ocupar vários quarteirões, trata-se de um tremendo ganho de produtividade.

A integração total

A integração dos vários departamentos da empresa -- estoque, produção, vendas e financeiro -- facilitou todo o planejamento logístico. Tal integração começou acontecer na segunda metade da década de 90, com a adoção dos sistemas integrados de gestão, os ERPs.

O big brother das cargas

O GPS (sistema de geoposicionamento por satélite) passou a ser adotado para monitorar a localização de carros, caminhões, trens ou navios em tempo real. No Brasil, o receio do roubo de cargas continua sendo a razão principal para a adoção da tecnologia. De quebra, o acompanhamento dos meios de transporte facilita a gestão do recebimento e expedição de cargas -- o que em setores, como o petrolífero, é crucial para a continuidade da produção.

Rede de produtividade

A facilidade de comunicação pela internet acendeu uma luz nos vários caminhos da logística. Fabricante, transportador e clientes agora conseguem trocar informações rapidamente e a um custo muito mais baixo que a comunicação via EDI.

Tudo ao mesmo tempo agora

Os ASPs (advanced planning system), ou sistemas avançados de logística, estão começando a ser adotados por empresas brasileiras. Com esses sistemas, o planejamento da distribuição e as análises do transporte adequado, do roteiro, das empresas que prestam o serviço são realizados simultaneamente ao planejamento da produção. Essa integração permite que as alterações na produção ou na distribuição não atrapalhem -- ou atrapalhem o menos possível -- o fluxo da cadeia de abastecimento.

A próxima onda

As etiquetas eletrônicas, ou e-tags, estão sendo testadas em laboratórios para suceder o código de barras. A aposta é que essas etiquetas -- que identificarão cada produto individualmente -- abrirão caminho para o que vem sendo chamado de comércio silencioso. A aposta é que elas também facilitem o caminho do que parece ser o próximo modelo de gestão das cadeias de abastecimento: o CPFR (sigla em inglês para algo próximo a planejamento, previsão e reposição colaborativos entre empresas). Nesse mundo ideal, as empresas estarão conectadas com seus fornecedores e clientes selecionados. Todos estarão tão afinados em processos e sistemas informatizados, que serão capazes de planejar melhor a produção, a distribuição, além de repor automaticamente os estoques.

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