Unilever manterá investimentos apesar de ano difícil
“A gente não olha para um ano só. Todo o nosso plano tem um prazo maior”, disse Antonio Calcagnotto, diretor da Unilever
Karin Salomão
Publicado em 12 de maio de 2015 às 14h56.
São Paulo - Ainda que o ano de 2015 seja desafiador para diversas empresas, a Unilever não irá mudar os seus planos para o Brasil. Contudo, ela está conversando com todos os seus fornecedores para tentar diminuir os custos de produção.
No momento, o maior desafio da empresa brasileira é o aumento de custos, causado pela inflação. Para fazer frente a isso, a empresa está dialogando com todos os seus fornecedores.
“Com nosso poder de escala, queremos conter o aumento de custos com várias ações em toda a cadeia”, disse Antonio Calcagnotto, diretor de assuntos corporativos da Unilever à EXAME.com, durante o evento Encontros EXAME , que acontece hoje e reúne governadores e alguns dos maiores empresários do país..
Apesar disso, se mantém otimista. Ela pretende manter o número de funcionários, sem demissões, e irá inaugurar uma fábrica em Aguaí, São Paulo, no segundo semestre.
“A gente não olha para um ano só. Todo o nosso plano tem um prazo maior”, disse o diretor. “É um ano de transição e podemos ter um mercado um pouco mais restritivo, mas continuamos com planos de investimento no país”, afirmou Calcagnotto.
- 1. Fábrica
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São Paulo - A versão líquida do detergente Omo é produzida na fábrica da Unilever em Vinhedo, interior de São Paulo. Há 85 anos por aqui, a operação brasileira da Unilever é a segunda maior no mundo. São nove fábricas em todo o Brasil. Na fábrica de Vinhedo, há 650 funcionários, cuidando da produção de produtos de limpeza e de cuidados pessoais. A planta trata sua própria água, pratica compostagem e tem aterro zero. Veja a seguir como é produzido o Omo líquido.
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Os materiais chegam aos misturadores. Apesar do nome, esses tanques não apenas misturam os ingredientes. Injetam a quantidade exata no momento certo, definido pela receita secreta do Omo líquido. Nesse detergente, são usadas de 12 a 16 matérias-primas que chegam em grande parte na forma líquida. O número exato é segredo industrial, assim como quais são eles.
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Depois de produzir o detergente, é hora de colocá-lo na embalagem. No caso do Omo líquido, a linha de produção é em formato de U. De um lado entram os galões ainda vazios. Na outra ponta, as caixas são montadas. As duas linhas se encontram no meio
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Colocar os galões na máquina é o único contato humano na linha de produção inteira.
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Os frascos passam por uma borracha, chamada de rosca infinita, para separá-los a uma distância exata.
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Os 3L de Omo líquido são despejados na embalagem. São três frascos por vez na máquina.
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As tampas chegam à linha de produção por uma calha superior. Como estão desorganizadas, precisam passar por um cano para o posicionamento correto.
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Um mandril agarra as tampas e as encaixa no galão.
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Os rótulos são aplicados para identificar o produto. Primeiro, é colocado o adesivo frontal, depois o contra-rótulo. A colocação das etiquetas, bem como da data de validade, também é conferida eletronicamente, a partir de uma foto.
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As caixas também são montadas por uma máquina específica. A sucção é responsável por erguer as laterais do papelão. No fim do processo, os frascos de Omo são colocados dentro das caixas. São quatro produtos em cada uma.
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A montagem de todos os palets que saem da Unilever acontece em um ambiente separado. As caixas de produtos chegam por trilhos superiores. A base do palet é elevada e as camadas de caixas são arrumadas uma por uma. Na fábrica da Unilever, por tradição, cada uma das empilhadeiras tem nome de mulher. No caso, o Omo líquido estava sendo organizado na “Laura”.
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