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União deixa controle da Eletrobras, mas deve manter poder de veto

O desenho que está sendo estudado para a operação prevê que a União mantenha uma "golden share", com poder veto em decisões da companhia

Coelho Filho: ministro considerou a venda da empresa um movimento "fundamental" para desenvolvimento do mercado elétrico brasileiro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 14h38.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que o governo pretende anunciar "o quanto antes" o modelo que será utilizado para a privatização da Eletrobras , ainda este ano. Mais cedo, ele estimou que o processo possa ser concluído ainda no primeiro semestre de 2018.

Apesar da privatização, o desenho que está sendo estudado para a operação prevê que a União mantenha uma "golden share", com poder veto em decisões da companhia. O nome Eletrobras também deve ser mantido. Após o processo, a União passará a deter participação inferior na empresa.

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Coelho Filho disse que o debate sobre a desestatização já existia no governo e repetiu que a empresa - nas condições atuais - tem dificuldades em honrar seus compromissos e ainda competir no mercado. "O aumento de tarifas e de encargos não são alternativas", afirmou.

O ministro considerou a venda da empresa um movimento "fundamental" para desenvolvimento do mercado elétrico brasileiro e citou o apoio dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda).

"A operação não é uma simples venda de ações para pagar contas. Ficou comprovado que não era possível continuar com o atual modelo. A União e os consumidores não têm condições de continuar pagando essa conta. A empresa voltará a pagar dividendo, a gerar lucro e pagar impostos, além de ter uma capacidade de investimentos que não vemos há muito tempo", concluiu Coelho Filho.

Finanças

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, disse que a privatização colocará a empresa em pé de igualdade com outras empresas de energia internacionais, que inclusive já estão presentes no mercado brasileiro. "No pé em que estamos, não teríamos essa condição", admitiu.

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