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União de XP e Itaú acelerou unificação de investimentos do BB

A área nasce por meio de canais digitais e da rede física de agências, mas a instituição avalia a possibilidade de adotar o modelo de agentes autônomos

Aquisição: Itaú comprou fatia da XP (Vanderlei Almeida/Getty Images)

Aquisição: Itaú comprou fatia da XP (Vanderlei Almeida/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 15h16.

São Paulo - A nova unidade de captação de investimentos do Banco do Brasil já estava aprovada, mas foi acelerada após o Itaú Unibanco anunciar a compra de uma fatia na XP Investimentos, de acordo com Marcelo Labuto, vice-presidente de Negócios de Varejo do banco.

A área nasce por meio de canais digitais e da rede física de agências, mas a instituição avalia a possibilidade de adotar o modelo de agentes autônomos, segundo ele.

"A unidade já estava aprovada e, é claro, acompanhamos o movimento de concorrentes, não só do Itaú, mas de outros, incluindo fintechs (startups do setor financeiro)", disse Labuto ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, após coletiva de imprensa do BB, na manhã desta quinta-feira, 10.

Segundo o executivo, não estão no radar, ao menos por ora, aquisições de empresas no segmento de investimentos. Sobre a oferta de produtos, ele afirmou que algumas novidades, como CDBs de bancos médios, que representam uma quebra de paradigmas para as grandes instituições, uma vez que, em sua maioria, oferecem seus próprios produtos, ainda estão sendo analisadas.

Questionado sobre se a nova unidade segue o modelo da XP, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, confirmou, mas explicou que cada banco tem a sua estratégia. Disse ainda que o foco do banco é atender melhor às necessidades de seus correntistas, mas também o "não cliente".

"Temos uma base de 62 milhões de clientes e apenas 12 milhões usam os canais digitais do banco para fazer transações. Há uma oportunidade grande de trabalhar dentro de casa e temos uma posição estratégica para trabalhar com o não cliente que pode ter cartões, seguros", destacou Caffarelli.

O vice-presidente de negócios do banco acrescentou que a área de captação e investimentos no BB estava fragmentada uma vez que tem uma gestora de recursos, uma distribuidora, dentre outras, e o banco decidiu unificar as áreas e separar um estrategista específico para tocar a nova unidade.

"Temos um pilar forte de captação e investimentos que estava frágil e a nova unidade dará robustez à área uma vez que temos um modelo completo", disse ele, sem precisar metas da nova unidade.

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