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UE planeja investigar oferta da Boeing pela Embraer, dizem fontes

Acordo reformularia o duopólio dos jatos de passageiros e reforçaria as companhias ocidentais contra os grupos recém-chegados da China, Rússia e Japão

Boeing: acordo avalia a unidade da Embraer em 4,75 bilhões de dólares (Lindsey Wasson/File Photo/Reuters)

Boeing: acordo avalia a unidade da Embraer em 4,75 bilhões de dólares (Lindsey Wasson/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de setembro de 2019 às 09h21.

Bruxelas — A Boeing deve enfrentar uma investigação antitruste da União Europeia de até cinco meses sobre sua oferta pelo controle da divisão comercial da Embraer, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta segunda-feira.

O acordo, marcando a maior mudança no setor aeroespacial comercial em décadas, reformularia o duopólio global dos jatos de passageiros e reforçaria as companhias ocidentais contra os grupos recém-chegados da China, Rússia e Japão.

Isso daria à Boeing uma posição no mercado de aviões com preços menores, permitindo competir melhor com os jatos CSeries projetados pela Bombardier do Canadá e apoiados pela rival europeia Airbus SE.

O acordo avalia a unidade da Embraer em 4,75 bilhões de dólares.

A Comissão Europeia, que estabeleceu o prazo de 4 de outubro para sua análise preliminar do acordo, não respondeu a um pedido de comentário imediato.

O agente da concorrência da UE iniciará uma investigação em grande escala após o final de sua revisão, o que pode levar até cinco meses e aumenta a pressão sobre a Boeing para oferecer concessões para tratar de questões de concorrência.

A comissão recentemente questionou fornecedores e rivais sobre o negócio, indicando preocupações com a concentração no mercado.

Eles foram questionados sobre o impacto do número reduzido de empresas, de sete para seis e de três para dois em vários segmentos, disse uma fonte com conhecimento direto do acordo.

Nenhum comentário imediato foi disponibilizado pela Boeing ou pela Embraer.

Analistas de aviação dizem que há sobreposição limitada no número de assentos entre a família 737 da Boeing e os jatos E2 da Embraer, que são menores.

Há um pouco mais de sobreposição entre o portfólio da Airbus e o programa CSeries da Bombardier, que a fabricante de aviões europeia comprou no ano passado, acrescentam.

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