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UBS vai às compras para gerir mais fortunas

O banco suíço agora está indo às compras para em três anos quadruplicar os R$ 5,5 bilhões que tem hoje sob sua gestão no país


	UBS: os milionários dos mercados emergentes ganharam especial atenção no banco suíço desde o início da crise econômica financeira global
 (Bloomberg)

UBS: os milionários dos mercados emergentes ganharam especial atenção no banco suíço desde o início da crise econômica financeira global (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h37.

São Paulo - Quando o banco suíço UBS comprou, neste ano, a corretora Link, em fevereiro, e três meses depois anunciou que sua nova comandante no Brasil seria Sylvia Coutinho, egressa da área de varejo e gestão de fortunas do HSBC, o mercado claramente vislumbrou que a guinada mundial do banco para a área de gestão de fortunas também se concretizaria aqui. E não errou.

O banco agora está indo às compras para em três anos quadruplicar os R$ 5,5 bilhões que tem hoje sob sua gestão no País.

O chefe global da área de gestão de fortunas do banco (wealth management) para mercados emergentes, Paul Raphael. diz que o UBS tem uma estratégia global muito clara, focada em ser líder em wealth management. “E o crescimento dessa área virá dos mercados emergentes”, diz Raphael.

“No Brasil, queremos ser quatro vezes maiores em três anos. Isso se dará por crescimento orgânico e aquisições.”

Os milionários dos mercados emergentes ganharam especial atenção no banco suíço desde o início da crise econômica financeira global, em 2008. De lá para cá, mesmo com o mundo em crise, o número de milionários no mundo dobrou, segundo o executivo, e 85% deles vieram dos emergentes.

No Brasil, basta olhar os números da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para comprovar esse crescimento. Em 2009, o volume de ativos da área chamada de “private banking” era de R$ 291 bilhões.

Os números de setembro deste ano registram agora R$ 564 bilhões. Com seu atual portfólio no Brasil, entretanto, o banco não tem mais que 1% do mercado brasileiro.


Os números do País no balanço do banco também são muito pouco representativos do que é o UBS no mundo. É quase um traço, 0,1%, do US$ 1,8 trilhão das fortunas que o banco tem sob sua responsabilidade. De qualquer forma, o País é considerado um mercado importante, pois é o mais aberto e bem regulado entre os Brics, além de ter um dos maiores mercados financeiros.

Além disso, na América Latina, o Brasil representa quase metade da economia. “O Brasil é lugar onde temos que estar fortemente presentes”, diz ele.

Neste ano, a compra da Link também foi estratégica para o grupo. A corretora é uma das maiores do País, e em 2012 negociou mais de R$ 300 bilhões em compra e venda de ações.

Além das aquisições que pretende fazer, para crescer organicamente o banco vai se ancorar no fato de ser um banco global e assim poder dar alternativas mais sofisticadas de investimento a seus clientes. O mercado de private banking mudou bastante nos últimos anos no Brasil, com bancos nacionais entrando mais aguerridamente.

No mundo, o UBS está sob forte pressão desde a crise de 2008. O banco perdeu mercado e receita e teve que demitir e cortar custos. Agora está recuperando espaço, e a área de fortunas melhorou os resultados em anos críticos. Mas a instituição também está tendo de investir em compliance.

Os bancos suíços estiveram sob forte questionamento dos Estados Unidos por terem apoiado americanos na evasão de impostos. No Brasil, executivos chegaram a ser presos em operações da polícia federal também por supostamente auxiliarem a evasão de divisas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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