UBS está mais otimista após um 2016 difícil
"Começamos a observar uma melhor confiança dos investidores, principalmente nos Estados Unidos", disse o banco
Reuters
Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 14h02.
Zurique - O UBS , maior gestor de fortunas do mundo, mostrou-se nesta sexta-feira mais otimista em relação a 2017, devido ao aumento das taxas de juros dos EUA, depois de ter registrado queda de 47 por cento no lucro líquido no ano passado.
Com a divisão de gestão de fortuna lutando em meio a taxas de juros em recordes de baixa e a preferência de clientes bilionários e milionários por manter recursos em caixa, o lucro líquido do UBS em 2016 caiu para 3,3 bilhões de francos suíços (3,3 bilhões de dólares), ante 6,2 bilhões de francos suíços em 2015.
"Apesar da incerteza macroeconômica, tensões geopolíticas e a divisão política continuarem a afetar o sentimento dos clientes e os volumes de transações, começamos a observar uma melhor confiança dos investidores, principalmente nos Estados Unidos, o que pode beneficiar nossos negócios de gestão de fortunas", afirmou o maior banco da Suíça em comunicado.
O lucro de 2015 tinha sido impulsionado por um benefício fiscal substancial, mas o lucro operacional de 2016, antes de impostos, ainda ficou 24 por cento menor.
No quarto trimestre, o lucro líquido atingiu 738 milhões de francos, bem acima da estimativa mediana de 339 milhões de francos uma pesquisa da Reuters com 15 analistas, em parte devido a provisões para litígios abaixo do esperado.
O lucro líquido trimestral tinha sido de 949 milhões de francos um ano antes, quando os números tiveram impacto de um benefício fiscal líquido de 715 milhões de francos.
Mas o banco disse que pagará um dividendo ordinário inalterado de 0,60 franco para 2016, em linha com as previsões do mercado.
No ano passado, o UBS também pagou dividendo especial de 0,25 franco por ação, em função de uma maior reavaliação dos ativos fiscais diferidos.
O UBS afirmou ter registrado saídas líquidas no trimestre nas divisões de Wealth Management e Wealth Management Americas, de 4,1 bilhões de francos e 1,3 bilhão de dólares, respectivamente.
O banco obteve 100 milhões de francos de economia do quarto trimestre, com cortes de custos líquidos totais de 1,6 bilhão de francos desde 2013.
A meta é atingir cortes líquidos de 2,1 bilhões de francos até o fim de 2017.
(US$1= 1,0011 franco suíço)