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Tráfego aéreo deve crescer 4,5% por ano nos próximos 20 anos, diz Embraer

O Oriente Médio e a região da Ásia/Pacífico serão, até 2037, aquelas com os maiores crescimentos no tráfego de passageiros

A companhia calcula ainda que a demanda mundial por transporte aéreo aumentará 2,5 vezes até 2037 (Paulo Whitaker/Reuters)

A companhia calcula ainda que a demanda mundial por transporte aéreo aumentará 2,5 vezes até 2037 (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de julho de 2018 às 10h31.

São Paulo - A Embraer publicou hoje, durante a feira internacional de Farnborough, na Inglaterra, seu relatório com projeções para o mercado da aviação nas próximas duas décadas, abrangendo os anos de 2018 a 2037.

A companhia prevê para o período que o tráfego mundial de passageiros mantenha uma taxa de crescimento anual de 4,5%. Apesar dos choques externos, como crises financeiras e oscilações relevantes nos preços das commodities, as viagens aéreas provaram ser resistentes a rupturas econômicas, mantendo a sua tendência histórica de expansão no longo prazo, segundo avaliação da empresa.

Pelas estimativas da Embraer, as regiões do Oriente Médio e da Ásia/Pacífico serão, até 2037, aquelas com as maiores taxas de crescimento no tráfego de passageiros, avançando, em média, 5,7% por ano. Em seguida, virão América Latina (5,2%), África (4,8%), Europa (3,7%), Comunidade de Estados Independentes, CEI (3,6%) e América do Norte (2,7%).

A companhia calcula ainda que a demanda mundial por transporte aéreo aumentará 2,5 vezes até 2037, atingindo 17 trilhões de passageiros-quilômetro transportados (RPKs, na sigla em inglês) para todos os segmentos de aeronaves comerciais. A região da Ásia/Pacífico será o maior mercado, respondendo por 38% do RPKs do mundo. Já a Europa e a América do Norte juntas terão 37% da demanda total de transporte aéreo.

A Embraer projeta que, nos próximos 20 anos, haverá uma demanda global por 10.550 novas aeronaves de até 150 assentos, o que corresponderá a um mercado de US$ 600 bilhões. As novas entregas devem ficar concentradas nas regiões da Ásia/Pacífico e da América do Norte, com 28% e 27% da demanda por aeronaves, respectivamente.

A companhia prevê também que haverá uma demanda global por 8.230 jatos de até 150 assentos, considerando os investimentos em conectividade entre as cidades de médio porte. Neste segmento, as novas entregas também devem ficar concentradas nas regiões da Ásia/Pacífico e da América do Norte, com 25% e 31% da demanda por aeronaves, respectivamente.

Para o segmento de aeronaves de fuselagem estreita, com 150 a 210 assentos, a estimativa é que a demanda global alcance 20.260 entregas. As regiões da Ásia/Pacífico e da América do Norte, devem responder por 38% e 20% da demanda por aeronaves, respectivamente. Segundo a Embraer, os jatos com capacidade intermediária neste segmento continuarão a dominar a demanda futura, mas espera-se um foco crescente nas aeronaves de maior porte, diz a companhia.

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