Visão aérea das obras no Comperj: os operários reivindicam 15% de reajuste salarial e vale-alimentação no valor de R$ 500 (Frederico Bailoni/Petrobras)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 14h57.
Rio - Os trabalhadores dos consórcios que realizam as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, região metropolitana do Rio, rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7% feita pelas empresas. A decisão de continuar a greve, iniciada em 11 de fevereiro, foi tomada em assembleia na manhã desta terça-feira, 18.
"Eles rejeitaram a proposta dos patrões, que foi irrisória", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Gonçalo e Região (Sinticom), Manoel Vaz. Os operários reivindicam 15% de reajuste salarial e vale-alimentação no valor de R$ 500, além de alojamento para os que vêm de fora do município.
A assembleia do sindicato foi realizada no Trevo da Reta, em Itaboraí, no acesso ao Comperj. O Sinticom calcula que 20 mil trabalhadores tenham participado. Ao todo, o complexo tem um efetivo de 29,2 mil homens. Os trabalhadores também recusaram a recomendação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de dar uma trégua na greve para facilitar as negociações. "A greve continua, por tempo indeterminado", disse Vaz.
Na quarta-feira, 19, o TRT fará uma nova audiência de conciliação entre as partes. As empresas pedem na justiça a suspensão da greve e o desconto dos dias parados. O Sinticom também agendou uma assembleia, para quinta-feira, 20, para manter os trabalhadores atualizados sobre a negociação.