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Trabalhadores da Mercedes mantêm greve em São Bernardo do Campo

Empresa decidiu interromper negociações salariais com funcionários na terça (22), alegando impossibilidade de acordo, e entrou na Justiça

Mercedez-Benz: funcionários da unidade de São Bernardo do Campo estão parados desde 4 de maio (Thomas Niedermueller/Getty Images)

Mercedez-Benz: funcionários da unidade de São Bernardo do Campo estão parados desde 4 de maio (Thomas Niedermueller/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de maio de 2018 às 19h08.

São Paulo - Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 23, os trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), decidiram manter a greve iniciada no dia 4 de maio. As negociações foram interrompidas por parte da empresa, que ingressou ontem com dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) - 2ª Região.

Durante a assembleia, o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, trabalhador na Mercedes-Benz, avaliou a decisão da montadora. "Os trabalhadores condenaram a postura da empresa. Nós sempre resolvemos os conflitos com conversa e vamos continuar tentando retomar as negociações, é isso que o trabalhador quer", destacou.

Em campanha salarial, com data-base em maio, os trabalhadores reivindicam a assinatura de um acordo coletivo que garanta reajuste incorporado aos salários, mudança no cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e manutenção das cláusulas sociais previstas no acordo anterior.

Em nota, a Mercedes afirmou ontem que, "durante todo o período de greve, a empresa manteve a disposição em negociar e tentou um acordo com o Sindicato Profissional e os colaboradores dessa unidade". (...) "Considerando a continuidade da paralisação e a impossibilidade de uma solução negociada, a Mercedes-Benz do Brasil decidiu submeter a discussão à Justiça do Trabalho."

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