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Trabalhadores da CSN aprovam greve

A empresa informou ainda que buscará o cumprimento das garantias da lei de greve, como o funcionamento das atividades básicas da operação da mineração Casa de Pedra

CSN - Companhia Siderúrgica Nacional (Alexandre SantAnna/Veja Rio)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2011 às 11h39.

São Paulo - Os trabalhadores da mina Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Congonhas (MG), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado para pressionar a empresa a melhorar a proposta de aumento salarial. Eles podem cruzar os braços a qualquer momento. Em assembleias na quinta-feira, os mineradores autorizaram o sindicato da categoria a definir o melhor momento para deflagrar o movimento.

"Não vai demorar", disse ontem o presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, Valério Vieira. "Só estamos terminando de montar a infraestrutura para fazer a paralisação", acrescentou o sindicalista.

Com data-base em 1º de maio, os 2,5 mil operários da CSN na Casa de Pedra (há outros 2 mil trabalhadores terceirizados) exigem reajuste salarial de 15%, o que representa 8,7% de aumento real mais 6,3% de reposição da inflação medida em 12 meses pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.

Além disso, os trabalhadores querem R$ 400 no Cartão Alimentação e melhorias no programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Eles já haviam feito uma paralisação de advertência por 24 horas no dia 16 deste mês.

A companhia, controlada pelo empresário Benjamin Steinbruch, oferecia inicialmente 6,3% de reajuste salarial, o que apenas repõe as perdas com a inflação. Na terça-feira, dia seguinte à paralisação de 24 horas, a CSN melhorou a proposta para 7,8% de reajuste e R$ 230 no Cartão Alimentação. "Essa proposta é inaceitável", reagiu o presidente do sindicato, que recusou a oferta na mesa de negociação. "Ela está muito abaixo das reivindicações dos trabalhadores e do avanço da lucratividade da empresa", disse Vieira.

A diretoria da CSN disse, por meio de nota, que a proposta apresentada aos trabalhadores contempla a correção integral do INPC e engloba aumento real nos salários e nos benefícios oferecidos, que "estão acima da média de mercado". Para a companhia, "a greve não acrescenta para a busca de um acordo, cujo principal canal é o diálogo". A empresa informou ainda que buscará o cumprimento das garantias da lei de greve, como o funcionamento das atividades básicas da operação da mineração Casa de Pedra.

Para os sindicalistas, é a "intransigência" da CSN que está levando os trabalhadores à greve. Segundo eles, a paralisação de 24 horas na segunda-feira, que teria comprometido totalmente a produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro, foi uma advertência. "A CSN melhorou a proposta, mas muito pouco ainda", frisou o presidente do sindicato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Os trabalhadores da mina Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Congonhas (MG), decidiram entrar em greve por tempo indeterminado para pressionar a empresa a melhorar a proposta de aumento salarial. Eles podem cruzar os braços a qualquer momento. Em assembleias na quinta-feira, os mineradores autorizaram o sindicato da categoria a definir o melhor momento para deflagrar o movimento.

"Não vai demorar", disse ontem o presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, Valério Vieira. "Só estamos terminando de montar a infraestrutura para fazer a paralisação", acrescentou o sindicalista.

Com data-base em 1º de maio, os 2,5 mil operários da CSN na Casa de Pedra (há outros 2 mil trabalhadores terceirizados) exigem reajuste salarial de 15%, o que representa 8,7% de aumento real mais 6,3% de reposição da inflação medida em 12 meses pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.

Além disso, os trabalhadores querem R$ 400 no Cartão Alimentação e melhorias no programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Eles já haviam feito uma paralisação de advertência por 24 horas no dia 16 deste mês.

A companhia, controlada pelo empresário Benjamin Steinbruch, oferecia inicialmente 6,3% de reajuste salarial, o que apenas repõe as perdas com a inflação. Na terça-feira, dia seguinte à paralisação de 24 horas, a CSN melhorou a proposta para 7,8% de reajuste e R$ 230 no Cartão Alimentação. "Essa proposta é inaceitável", reagiu o presidente do sindicato, que recusou a oferta na mesa de negociação. "Ela está muito abaixo das reivindicações dos trabalhadores e do avanço da lucratividade da empresa", disse Vieira.

A diretoria da CSN disse, por meio de nota, que a proposta apresentada aos trabalhadores contempla a correção integral do INPC e engloba aumento real nos salários e nos benefícios oferecidos, que "estão acima da média de mercado". Para a companhia, "a greve não acrescenta para a busca de um acordo, cujo principal canal é o diálogo". A empresa informou ainda que buscará o cumprimento das garantias da lei de greve, como o funcionamento das atividades básicas da operação da mineração Casa de Pedra.

Para os sindicalistas, é a "intransigência" da CSN que está levando os trabalhadores à greve. Segundo eles, a paralisação de 24 horas na segunda-feira, que teria comprometido totalmente a produção diária de 60 mil toneladas de minério de ferro, foi uma advertência. "A CSN melhorou a proposta, mas muito pouco ainda", frisou o presidente do sindicato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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