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Toyota registra primeira queda do lucro líquido em cinco anos

No ano fiscal concluído em março, o resultado líquido foi de 1,831 trilhão de ienes (16 bilhões de dólares), resultado 21% menor que em 2015-16

Toyota: recuo no lucro deve prosseguir este ano, de acordo com a Toyota, que prevê uma queda de 18% (Toru Hanai/Reuters)

Toyota: recuo no lucro deve prosseguir este ano, de acordo com a Toyota, que prevê uma queda de 18% (Toru Hanai/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de maio de 2017 às 10h19.

A montadora japonesa Toyota, afetada pela valorização do iene, anunciou nesta quarta-feira uma queda no lucro líquido em 2016/2017 pela primeira vez em cinco anos, ao mesmo tempo que prevê uma baixa expressiva para o ano em exercício.

No ano fiscal concluído em março, o resultado líquido foi de 1,831 trilhão de ienes (16 bilhões de dólares), ou seja, 21% a menos que em 2015-16.

A tendência deve prosseguir este ano, de acordo com a Toyota, que prevê uma queda de 18%, a 1,5 trilhão de ienes, um valor muito abaixo das expectativas dos analistas.

O resultado operacional registrou queda de 30% no período, a 1,944 trilhão de ienes. Deste valor, 940 bilhões foram consequência dos efeitos do câmbio desfavorável. As contas também foram afetadas pelo aumento dos gastos, em particular na América do Norte, onde a montadora se viu obrigada a intensificar as iniciativas de marketing para atrair clientes em um mercado em desaceleração.

Apesar da queda de 2,8% no volume de negócios, a 27,597 trilhões de ienes, as vendas da Toyota, que no ano passado caiu para o segundo lugar mundial atrás da alemã Volkswagen, registraram um leve aumento na comparação com o ano anterior, com 10,25 milhões de veículos vendidos de todas suas marcas (Toyota, Lexus - luxo -, Daihatsu - pequenos veículos -, Hino - carga pesada).

As vendas aumentaram no Japão, Ásia e Europa, mas permaneceram estagnadas no mercado americano, tradicionalmente um ponto forte da Toyota. Também registraram quedas na América Latina e Oriente Médio.

O grupo não demonstra otimismo quanto ao lucro no atual exercício, por uma possível valorização do iene. Também prevê uma queda no lucro operacional de 20%, a 1,6 trilhão de ienes.

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