A operadora de telefonia celular TIM detalhou sua nova estratégia de negócios para o mercado brasileiro em 2009. Em reunião com analistas do setor de telecomunicações, a operadora reconheceu os erros no passado e revelou estar se reestruturando para consolidar uma reviravolta nos resultados.

Após encontro com o presidente da companhia, Luca Luciani, os analistas da corretora do Itaú - que trabalham de forma independente do banco - afirmaram, em relatório, que a prioridade da empresa está nos clientes de renda mais alta e planos pós-pagos, priorizando, desta forma, uma maior rentabilidade a longo prazo. Para isso, a operadora vai passar por ajustes operacionais e de reposicionamento de marca.

O relatório da corretora revela que será feito uma segmentação do mercado aliada a estratégias regionalizadas, ou seja, cada região terá uma metodologia adequada a sua realidade. Além disso, todos os investimentos na empresa vão ser remodelados com o objetivo de melhorar a qualidade da rede GSM.

O plano de reestruturação será desenvolvido até setembro. No primeiro trimestre, a TIM fará uma ação de limpeza em sua base de assinantes, identificando clientes inativos. Neste período, não é esperado um crescimento de receita.

O segundo trimestre é considerado um período crítico de reestruturação e consolidação da força de vendas, uma vez que os resultados das ações com os clientes pós-pagos devem começar a aparecer. Também a fim de alavancar as vendas, a operadora vai incentivar a produtividade das revendas em detrimento do número de lojas TIM, que conta com um desempenho já consolidado.

No terceiro trimestre, os esforços vão estar concentrados no investimento na rede para que haja uma diminuição das despesas com tarifas de interconexão, o que viabiliza um melhor atendimento aos clientes.

O mercado reagiu com cautela aos planos da TIM, principalmente porque os resultados não devem ser imediatos. Às 13h58, as ações preferenciais (TCSL4) da TIM Participações caíam 2,19% e as ordinárias (TCSL3) tinham baixa de 2,75%.