Negócios

TIM encerra 2010 com lucro de R$ 2,2 bilhões

Lucro líquido saltou 176% e operadora teve recorde de adições de clientes, com 10 milhões de novos usuários

Loja da TIM: bons resultados em 2010, com recorde de clientes (LIA LUBAMBO /EXAME)

Loja da TIM: bons resultados em 2010, com recorde de clientes (LIA LUBAMBO /EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 16h27.

São Paulo – A operadora TIM encerrou 2010 com lucro líquido de 2,2 bilhões de reais -- 176% acima dos 801 milhões do ano anterior. A operadora teve também alta de 18,4% no Ebitda na comparação anual, aos 4,19 bilhões de reais, com margem de 29%, contra 25,8% no ano anterior. No consolidado do ano, a receita líquida cresceu 5,2%, atingindo 14,46 bilhões de reais. A receita líquida de serviços fechou 2010 em 13,57 bilhões de reais, 6,1% a mais se comparada a 2009.

Recuperação no mercado - Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a TIM bateu recorde de crescimento de base no mercado brasileiro de telefonia móvel no ano passado, registrando 10 milhões de adições líquidas. O número de clientes saltou para 51 milhões e a operadora encerrou 2010 com 25,1% de participação de mercado, contra 23,6% no ano anterior. Para crescer, Luca Luciani, presidente da operadora, explica a estratégia. “É necessária muita inovação, mais do que uma guerra de preços", disse ele, em teleconferência de divulgação de resultados. “A ideia é fazer com que as pessoas usem mais os serviços.”

Uma das razões para esse desempenho foi a continuidade do incentivo ao uso de pacotes de voz e dados com os planos Liberty e Infinity. Um dos destaques da operadora no segundo semestre foi o lançamento do Infinity Web, plano que oferece internet móvel a 0,50 reais por dia, valor inferior ao cobrado por hora em lan houses. Lançado em setembro, o plano fez crescer a base, fechando o ano com 8,3 milhões de usuários. O programa sozinho contou com 1 milhão de usuários.

“Nossa proposta é seguir o mesmo conceito que adotamos para os planos de voz, levando em conta o potencial de compra da nova classe C”, diz Luciani. Segundo ele, há 20 milhões de possíveis novos clientes vindos da nova classe média. “O reposicionamento da empresa em áreas chave como qualidade, inovação, imagem vem produzindo valor para os acionistas, dobrando a geração de caixa, o lucro líquido e o dividendo”, diz ele.

Investimento em rede e serviços - Grande parte do investimento do ano, de 2,84 bilhões de reais, foi destinado à expansão da capacidade 2G e no aumento da capilaridade da rede 3G, que suportam o forte aumento do tráfego e garantem alto padrão de qualidade. Para ele, o crescimento da rede e a qualidade do 3G é fundamental. "Vamos fortalecer a rede de transmissão, mas ainda falta infraestrutura."

Além dessa tecnologia, a integração da TIM com a Intelig, consolidada no ano passado, também fez saltar as contas da empresa. A receita bruta da operação fixa totalizou 358 milhões de reais no quarto trimestre de 2010, alta superior a 30% em relação ao quarto trimestre de 2009. Segundo Luciani, a estratégia é desenhada em acelerar substituição fixo-móvel, aumentar o uso da internet no celular e banda-larga fixa com a Intelig. "Acredito que haverá competitividade mais acirrada na banda-larga, que demandará altos investimentos -- até mesmo do setor público --, o que poderá pressionar os custos de rede." 

Acompanhe tudo sobre:3GEmpresasEmpresas abertasEmpresas italianasLucroOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTIM

Mais de Negócios

Para se recuperar, empresas do maior hub de inovação do RS precisam de R$ 155 milhões em empréstimos

Investida do bilionário Bernard Arnault, startup faz sucesso usando IA para evitar furtos no Brasil

Riverwood Capital investe R$ 126 mi e quer levar startup mineira de gestão de contratos ao mundo

Oxxo por delivery: rede de "mercadinhos de bairro" anuncia parceria com o Rappi

Mais na Exame