TIM descarta cortar pessoal e diz ter internalizado funções
No início de abril, a rival Oi anunciou a eliminação de 1.070 postos de trabalho da empresa no mês
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2015 às 12h09.
São Paulo - A TIM Participações não pretende reduzir seu quadro de funcionários diante do maior foco da empresa em corte de custos e eficiência, disse nesta quarta-feira o presidente da operadora de telecomunicações , Rodrigo Abreu.
"A nossa estratégia está voltada a processos, mudanças de modelo de negócios, e menos voltada a corte de curto prazo em estrutura", disse o executivo em teleconferência.
"Tivemos ao longo do último período incremento de pessoal com internalização de funções terceirizadas. Não existe previsão nesse sentido", completou, referindo-se a cortes de pessoal.
Em teleconferência com analistas, o executivo enfatizou que a TIM está voltada neste ano para a disciplina de custos frente a um cenário de receitas "desafiador".
No início de abril, a rival Oi anunciou a eliminação de 1.070 postos de trabalho da empresa no mês, ou 6 por cento do quadro de funcionários diretos, dentro do plano de reorganização da empresa iniciado no quarto trimestre de 2014.
Na véspera, a TIM informou que teve lucro líquido de 312,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 16 por cento na comparação anual. O resultado foi pressionado por despesas financeiras e leve recuo da receita.
Apesar disso, Abreu considerou os resultados satisfatórios diante do cenário econômico desfavorável e da nova queda das tarifas de interconexão (VU-M) promovida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro.
"Apesar de um trimestre difícil dado o ambiente macroeconômico, a nova rodada de redução da VU-M e a tendência da indústria de redução de uso de voz e SMS, ficamos satisfeitos com o desempenho da companhia", declarou.
A Anatel vem promovendo quedas das taxas de interconexão, com o objetivo de reduzir no longo prazo o preço das ligações entre diferentes operadoras e entre telefones fixos e móveis. Em fevereiro, a queda da chamada VU-M foi de mais de 30 por cento.
Segundo dados da TIM apresentados na teleconferência, a participação da VU-M na receita de serviços da operadora passou de 27 por cento no primeiro trimestre de 2010 para 10 por cento no mesmo período de 2015.
A operadora também sentiu impacto da valorização do dólar e da redução da confiança do consumidor na venda de smartphones no primeiro trimestre, disse Abreu.
O executivo comentou as especulações sobre uma eventual consolidação do setor de telecomunicações brasileiro. De acordo com Abreu, esses rumores diminuíram nos últimos meses, o que considera benéfico para a indústria.
"De fato houve diminuição dos rumores, o que é positivo para o setor, uma vez que o foco passa a ser na operação, o crescimento, não as especulações", disse.
As conversas sobre consolidação no setor estão paradas e nenhuma empresa da indústria de telecomunicações está priorizando o tema atualmente, disse à Reuters na terça-feira uma fonte do governo federal que acompanha o assunto.
Segundo a fonte, as empresas estão mais focadas no crescimento orgânico do que fusões ou aquisições.
São Paulo - A TIM Participações não pretende reduzir seu quadro de funcionários diante do maior foco da empresa em corte de custos e eficiência, disse nesta quarta-feira o presidente da operadora de telecomunicações , Rodrigo Abreu.
"A nossa estratégia está voltada a processos, mudanças de modelo de negócios, e menos voltada a corte de curto prazo em estrutura", disse o executivo em teleconferência.
"Tivemos ao longo do último período incremento de pessoal com internalização de funções terceirizadas. Não existe previsão nesse sentido", completou, referindo-se a cortes de pessoal.
Em teleconferência com analistas, o executivo enfatizou que a TIM está voltada neste ano para a disciplina de custos frente a um cenário de receitas "desafiador".
No início de abril, a rival Oi anunciou a eliminação de 1.070 postos de trabalho da empresa no mês, ou 6 por cento do quadro de funcionários diretos, dentro do plano de reorganização da empresa iniciado no quarto trimestre de 2014.
Na véspera, a TIM informou que teve lucro líquido de 312,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 16 por cento na comparação anual. O resultado foi pressionado por despesas financeiras e leve recuo da receita.
Apesar disso, Abreu considerou os resultados satisfatórios diante do cenário econômico desfavorável e da nova queda das tarifas de interconexão (VU-M) promovida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em fevereiro.
"Apesar de um trimestre difícil dado o ambiente macroeconômico, a nova rodada de redução da VU-M e a tendência da indústria de redução de uso de voz e SMS, ficamos satisfeitos com o desempenho da companhia", declarou.
A Anatel vem promovendo quedas das taxas de interconexão, com o objetivo de reduzir no longo prazo o preço das ligações entre diferentes operadoras e entre telefones fixos e móveis. Em fevereiro, a queda da chamada VU-M foi de mais de 30 por cento.
Segundo dados da TIM apresentados na teleconferência, a participação da VU-M na receita de serviços da operadora passou de 27 por cento no primeiro trimestre de 2010 para 10 por cento no mesmo período de 2015.
A operadora também sentiu impacto da valorização do dólar e da redução da confiança do consumidor na venda de smartphones no primeiro trimestre, disse Abreu.
O executivo comentou as especulações sobre uma eventual consolidação do setor de telecomunicações brasileiro. De acordo com Abreu, esses rumores diminuíram nos últimos meses, o que considera benéfico para a indústria.
"De fato houve diminuição dos rumores, o que é positivo para o setor, uma vez que o foco passa a ser na operação, o crescimento, não as especulações", disse.
As conversas sobre consolidação no setor estão paradas e nenhuma empresa da indústria de telecomunicações está priorizando o tema atualmente, disse à Reuters na terça-feira uma fonte do governo federal que acompanha o assunto.
Segundo a fonte, as empresas estão mais focadas no crescimento orgânico do que fusões ou aquisições.