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TIM contrata Bradesco para avaliar compra da Oi, diz fonte

Segundo fonte, Telecom Italia usaria sua subsidiária como um veículo para adicionar toda ou parte dos ativos da Oi em uma eventual compra


	Consumidor aguarda atendimento em uma loja da TIM, a unidade de telefones móveis da Telecom Italia
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Consumidor aguarda atendimento em uma loja da TIM, a unidade de telefones móveis da Telecom Italia (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 18h21.

São Paulo/Milão - A operadora TIM Participações contratou o banco de investimento do Bradesco para analisar uma oferta para compra da rival Oi, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto nesta sexta-feira.

A Telecom Italia, controladora da TIM, usaria sua subsidiária como um veículo para adicionar toda ou parte dos ativos da Oi em uma eventual compra, disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque a questão é confidencial. TIM e Bradesco não comentaram.

O Bradesco foi um dos assessores da TIM em sua oferta rejeitada de compra da operadora de banda larga GVT, adquirida pela espanhola Telefónica recentemente. O mandato do Bradesco com a TIM foi primeiro informado pela Bloomberg nesta sexta-feira.

Uma eventual compra da Oi permitirá que a Telecom Italia fortaleça sua posição no mercado altamente competitivo no país, que passa por consolidação e enfrenta desaceleração econômica e declínio de margens.

Uma segunda fonte próxima ao tema disse que o controle da Oi permitirá à TIM se tornar a maior operadora integrada de telecomunicações do Brasil. "É o ativo certo para se olhar, mas é mais fácil dizer do que fazer", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

O analista da HSBC Securities Luigi Minerva disse que a TIM parece estrategicamente mais fraca do ponto de vista concorrencial na comparação com Oi, Telefónica e América Móvil, dona da Claro, já que não conta ofertas de TV e telefonia fixa amplas o suficiente para vender pacotes de serviços.

As ações da TIM fecharam em alta de 0,24 por cento, a 12,50 reais nesta sexta-feira. As ações preferenciais da Oi subiram 4,49 por cento, para 1,63 real.

Mas pode ser muito cedo para dizer se a Oi, que no mês passado contratou o grupo BTG Pactual para analisar uma possível oferta conjunta pela TIM com a América Móvil, poderia sair de compradora para comprada, disseram Minerva e outros analistas.

O BTG Pactual quer adicionar a Telefónica em uma oferta conjunta pela TIM, mas a última está focada na incorporação da GVT em sua plataforma, disse no mês passado à Reuters uma fonte com conhecimento direto do tema.

Um contratempo pode ser o peso da dívida da Oi, de 46 bilhões de reais. Atualmente, a dívida líquida da TIM é equivalente a cerca de 0,2 vez o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

"Está claro que a TIM precisa avaliar a situação financeira da Oi com cuidado. Mais uma vez, é uma questão de preço", disse a segunda fonte.

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