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Thomson pode pagar até US$ 17 bilhões por Reuters

Grupo canadense de mídia prevê economia de 500 milhões de dólares com a fusão entre as duas empresas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O grupo canadense de mídia Thomson Corporation detalhou, nesta terça-feira (8/5), sua oferta para comprar a agência britânica de notícias Reuters - uma das maiores do mundo. A empresa está disposta a pagar 697 pounds por ação da Reuters, o que significa um valor total de 8,8 bilhões de libras - cerca de 17,54 bilhões de dólares. O negócio envolveria troca de ações e uma parcela em dinheiro.

O executivo-chefe da Reuters, Tom Glocer, presidiria a empresa resultante da fusão, que se chamaria Thomson-Reuters. O atual presidente da Thomson, Richard Harrington, se aposentaria. De acordo com o jornal britânico Financial Times, as duas companhias aprofundaram as negociações nos últimos dias, mas muitos pontos ainda precisam ser acertados para que o acordo seja concluído. Em comunicado à imprensa, as empresas afirmaram que não há certeza sobre se chegarão a um entendimento, mas destacaram que há "uma poderosa e atrativa lógica" para a fusão, que criaria "um líder global no mercado de informações corporativas".

A união resultaria em ganhos de sinergia de 500 milhões de dólares dentro de três anos. A unidade de informações financeiras da Thomson seria agregada à área de notícias financeiras e de mídia da Reuters.

A família Thomson, por meio de sua holding Woodbridge, deteria 53% do capital da nova empresa. Os demais acionistas da Thomson ficariam com 23%, e os da Reuters, com 24%. Os detentores de papéis da Reuters receberiam 352,5 pounds em dinheiro, mais 0,16 ação da Thomson por título da Reuters. Também foi prometido um pagamento de dividendos em 2007 no valor de 12 pounds por papel.

O primeiro obstáculo ao acordo é vencer a resistência da Reuters Founders Share Company, que controla da agência britânica. A fundação detém uma "golden share" que pode ser usada para impedir que qualquer acionista possua mais de 15% do capital da Reuters. Além disso, a transação precisa ser aprovada por 75% dos acionistas da Reuters em assembléia, e receber o aval dos órgãos de fiscalização do mercado.

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