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Ternium discorda de destituições na Usiminas

De acordo com a empresa, a operação decorre de uma quebra unilateral de um acordo


	Ternium: empresa disse que já está tomando as medidas legais necessárias para reverter a decisão
 (Divulgação)

Ternium: empresa disse que já está tomando as medidas legais necessárias para reverter a decisão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 13h32.

São Paulo - Em outro comunicado à imprensa, a Ternium enfatizou que "discorda veementemente da destituição dos três membros da diretoria executiva da Usiminas, bem como da indicação de seus substitutos, ainda que provisórios, conforme comunicado pela companhia hoje ao mercado".

De acordo com a empresa, a operação decorre de uma quebra unilateral do Acordo de Acionistas por parte da Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation que, junto com o Grupo Techint (Ternium, Siderar e TenarisConfab) e a Previdência Usiminas (Caixa dos Empregados), compõe o bloco de controle da Usiminas.

"Presente no Brasil desde 1947, o Grupo Techint sempre se pautou pela ética, pelo respeito a seus funcionários e pelo rigoroso cumprimento de contratos. Em vista disso, a Ternium não poupará esforços para fazer valer seus direitos e assegurar a continuidade do processo de reestruturação da Usiminas iniciado durante a gestão de Julián Eguren em janeiro de 2012", destacou a companhia, em comunicado.

A Ternium comentou que "em pouco mais de dois anos e meio, Julián Eguren liderou um processo bem sucedido de turnaround da Usiminas, como demonstram os recentes resultados da companhia".

A Ternium menciona que a gestão de Eguren dobrou a geração de caixa e a margem EBITDA no primeiro trimestre de 2014, na comparação com igual período de 2012, chegando a R$ 655 milhões e 21%, respectivamente.

"Além disso, a relação Dívida Líquida/EBITDA foi reduzida de 5,0x para 1,7x. Tais conquistas foram fundamentais para a sobrevivência da Usiminas durante um dos períodos mais delicados do mercado mundial de aço".

A empresa ressaltou que, quando se opôs à destituição dos executivos e à indicação dos novos membros da diretoria executiva, a Ternium contou com o apoio da Previdência Usiminas (Caixa dos Empregados, ex-CEU), "o que comprova seu reconhecimento pelos bons resultados alcançados pela atual gestão".

A Ternium enfatizou sua confiança nos profissionais afetados pela quebra do Acordo de Acionistas e informou que já está tomando as medidas legais necessárias para reverter a decisão.

De acordo com comunicado da Usiminas, enviado hoje pela manhã à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o conselho de administração da Usiminas aprovou a destituição do diretor-presidente Julián Eguren, do diretor vice-presidente de subsidiárias, Paolo Bassetti, e do diretor vice-presidente industrial, Marcelo Chara.

Rômel Erwin de Souza foi eleito, em caráter temporário, como diretor-presidente e diretor vice-presidente industrial. Ele acumula com sua função atual, de diretor vice-presidente de tecnologia e qualidade. Já para o cargo de diretor vice-presidente de subsidiárias foi nomeado Ronald Seckelmann.

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