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Telefônica fica fora de briga no Cade sobre compra da Nextel pela Claro

Em setembro, porém, o Cade deu aval à transação. A TIM entrou com recurso, mas a Telefônica não

Claro: empresa ficaria com todos os espectros de radiofrequência da Nextel (Rafael Henrique/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 14h02.

São Paulo — O presidente da Telefônica Brasil , Christian Gebara, indicou que a companhia saiu definitivamente da briga relacionada ao processo de compra da Nextel pela Claro.A Telefônica e a TIM haviam se manifestado no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao longo deste ano contra a aprovação da transação por entenderem que a junção das empresas provocaria uma concentração excessiva de mercado, uma vez que a Claro ficaria com todos os espectros de radiofrequência da Nextel.

Em setembro, porém, o Cade deu aval à transação. A TIM entrou com recurso, mas a Telefônica não.

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Nesta segunda-feira, Gebara disse que o leilão de 5G está próximo e representará a oferta de mais espectros de radiofrequência, fato que poderá reequilibrar o nível de competição no mercado. "Temos um cenário de leilão muito próximo, onde qualquer diferença poderia ser corrigida", pontuou, em teleconferência com jornalistas.

Ele salientou ainda que o cálculo da concentração dos espectros de radiofrequência deve ser feito em relação ao total de clientes e sinalizou que a Telefônica tem apetite pela aquisição desse tipo de ativos no futuro leilão.

Gebara ainda suavizou o discurso contrário à compra da Nextel pela Claro. "O Brasil é um país que precisa de investimentos, e a consolidação do mercado permite isso. A consolidação da Nextel é positiva para o setor, pois dá mais força para investimentos. O resultado é positivo, sim", declarou.

O presidente da Telefônica Brasil disse ainda que o plano trienal de investimentos da companhia continua o mesmo, e não contabiliza possíveis aportes com o leilão de 5G, uma vez que as regras do certamente ainda não foram definidas. O plano do grupo prevê R$ 26,5 bilhões de investimentos no triênio até 2020, mas pode ter desembolsos um pouco menores devido a ganhos de eficiência apurados no período, explicou Gebara.

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