Telefônica descarta entrar em "guerra de preços"
A empresa enfrenta uma forte competição no mercado brasileiro de telecomunicações
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2014 às 14h17.
São Paulo - A Telefônica vem enfrentando forte competição no mercado brasileiro, mas não pretende buscar melhora no desempenho baseada numa estratégia de redução apelativa de preços, conforme afirmou o diretor-geral da companhia, Paulo Cesar Teixeira.
"O mercado está ultracompetitivo. Estamos percebendo muitas operadoras com agressividade maior nos planos", afirmou nesta quarta-feira, 30, durante teleconferência com jornalistas.
"Mas é possível gerar valor sem ser agressivo em preço", ressaltou Teixeira, descartando disposição da companhia em entrar no que chamou de "guerra de preços"
O executivo reiterou que a companhia tem obtido sucesso na ampliação da base de clientes, especialmente no setor pós-pago, onde a lucratividade é mais elevada do que em comparação com o pré-pago.
E também destacou o avanço no faturamento com os serviços de dados e valor agregado. "O crescimento da receita móvel reflete o crescimento da receita de dados", disse.
Em relação à queda na receita com o negócio fixo - que envolve voz, banda larga fixa e TV por assinatura - Teixeira disse que a Telefônica está focada na ampliação da cobertura das redes de fibra, com vistas a reverter as perdas de voz decorrentes da redução das tarifas de interconexão determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Leilão
Questionado sobre o leilão da frequência de 700 megahertz (MHz) para a internet móvel de quarta geração (4G), Teixeira evitou qualquer tipo de comentário. "Não vamos falar sobre o leilão, até porque ainda não sabemos das regras em definitivo. Vamos esperá-las para depois comentar."
A Anatel aprovou no dia 17 o edital do leilão, mas no documento não há informação sobre os valores das outorgas nem a data prevista para o leilão, porque as condições para o certame ainda estão sob a análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Teixeira também não respondeu sobre reportagem de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo", segunda a qual a companhia gostaria de ver o leilão adiado.