Telecom Italia preferiria oferta 100% em ações para TIM-Oi
Para efetuar o movimento, a empresa quer antes uma indicação do governo e do órgão regulador do setor de telecomunicações de que eles não impedirão uma fusão
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 14h02.
Milão - A Telecom Italia SpA está se inclinando para a apresentação de uma oferta 100 por cento em ações por meio de sua unidade brasileira no caso de levar adiante uma proposta por uma concorrente local menor, a Oi SA, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
Para efetuar o movimento, a Telecom Italia quer antes uma indicação do governo brasileiro e do órgão regulador do setor de telecomunicações de que eles não impedirão uma fusão da TIM Participações SA com a Oi , disseram as fontes, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas.
É improvável que a Telecom Italia, dona de 67 por cento da TIM, tome uma decisão antes de fevereiro ou março, disseram.
Uma oferta bem-sucedida da TIM pela Oi, que tem um valor de mercado de US$ 3,3 bilhões e uma dívida líquida de cerca de US$ 18 bilhões, criaria a maior operadora de telefonia celular do Brasil, que superaria a divisão local da Telefónica SA.
A TIM, que tem uma capitalização de mercado de quase US$ 11 bilhões, é, em si, alvo da Oi, da Claro SA e da Telefónica, que buscam dividir seus ativos, disseram fontes com conhecimento do assunto na semana passada.
Os recibos depositários americanos (ADRs, na sigla em inglês) da Oi subiram 13 por cento ontem e fecharam em alta de 11 por cento, a 38,2 centavos.
Os ADRs da TIM fecharam em alta de 1,2 por cento, a US$ 22,28. As ações da Telecom Italia caíam 1,3 por cento às 10h50 em Milão, dando à empresa um valor de mercado de 16,3 bilhões de euros (US$ 20 bilhões).
O uso de ações em vez de dinheiro permitiria à TIM “manter fundos para os investimentos de melhoria da qualidade de suas redes e ampliação da cobertura de seu espectro”, disse Carlo Alberto Carnevale Maffe, professor de estratégia empresarial da Universidade Bocconi, de Milão.
A Telecom Italia também precisa evitar o aumento de sua dívida, que prejudicaria sua classificação de crédito, disse ele.
Um porta-voz da Telecom Italia em Milão preferiu não comentar, assim como representantes da Oi e da TIM, que têm sede no Rio de Janeiro.
Pacotes de serviços
No mês passado, o conselho da Telecom Italia deu apoio ao CEO Marco Patuano para avaliar uma fusão da TIM com a Oi.
Operadora de linha fixa dominante e a menor das quatro principais operadoras de telefonia celular do país, a Oi permitiria que a Telecom Italia oferecesse pacotes de serviços de linha fixa e telefonia celular no maior mercado de telefonia da América Latina.
A Oi, que fechou um acordo neste mês para vender seus ativos portugueses à Altice SA, quer comprar a TIM por meio de um veículo financeiro e ficar com 25 por cento da empresa.
O restante seria dividido entre a Telefónica e a Claro, da América Móvil SAB, disseram fontes com conhecimento do assunto.
Bayard Gontijo, que assumiu como CEO da Oi em outubro e também é diretor financeiro e diretor de relações com os investidores, disse em uma entrevista nesta semana que a Oi não tem pressa para forçar uma consolidação.
A Telecom Italia, cujo rating foi reduzido para o grau especulativo pela Standard Poor’s e pela Moody’s Investors Service, tinha uma dívida líquida ajustada de 26,6 bilhões de euros em 30 de setembro.
A TIM tinha uma dívida líquida de R$ 791 milhões (US$ 297 milhões) no fim do terceiro trimestre, segundo um comunicado da empresa.
Milão - A Telecom Italia SpA está se inclinando para a apresentação de uma oferta 100 por cento em ações por meio de sua unidade brasileira no caso de levar adiante uma proposta por uma concorrente local menor, a Oi SA, segundo duas fontes com conhecimento do assunto.
Para efetuar o movimento, a Telecom Italia quer antes uma indicação do governo brasileiro e do órgão regulador do setor de telecomunicações de que eles não impedirão uma fusão da TIM Participações SA com a Oi , disseram as fontes, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas.
É improvável que a Telecom Italia, dona de 67 por cento da TIM, tome uma decisão antes de fevereiro ou março, disseram.
Uma oferta bem-sucedida da TIM pela Oi, que tem um valor de mercado de US$ 3,3 bilhões e uma dívida líquida de cerca de US$ 18 bilhões, criaria a maior operadora de telefonia celular do Brasil, que superaria a divisão local da Telefónica SA.
A TIM, que tem uma capitalização de mercado de quase US$ 11 bilhões, é, em si, alvo da Oi, da Claro SA e da Telefónica, que buscam dividir seus ativos, disseram fontes com conhecimento do assunto na semana passada.
Os recibos depositários americanos (ADRs, na sigla em inglês) da Oi subiram 13 por cento ontem e fecharam em alta de 11 por cento, a 38,2 centavos.
Os ADRs da TIM fecharam em alta de 1,2 por cento, a US$ 22,28. As ações da Telecom Italia caíam 1,3 por cento às 10h50 em Milão, dando à empresa um valor de mercado de 16,3 bilhões de euros (US$ 20 bilhões).
O uso de ações em vez de dinheiro permitiria à TIM “manter fundos para os investimentos de melhoria da qualidade de suas redes e ampliação da cobertura de seu espectro”, disse Carlo Alberto Carnevale Maffe, professor de estratégia empresarial da Universidade Bocconi, de Milão.
A Telecom Italia também precisa evitar o aumento de sua dívida, que prejudicaria sua classificação de crédito, disse ele.
Um porta-voz da Telecom Italia em Milão preferiu não comentar, assim como representantes da Oi e da TIM, que têm sede no Rio de Janeiro.
Pacotes de serviços
No mês passado, o conselho da Telecom Italia deu apoio ao CEO Marco Patuano para avaliar uma fusão da TIM com a Oi.
Operadora de linha fixa dominante e a menor das quatro principais operadoras de telefonia celular do país, a Oi permitiria que a Telecom Italia oferecesse pacotes de serviços de linha fixa e telefonia celular no maior mercado de telefonia da América Latina.
A Oi, que fechou um acordo neste mês para vender seus ativos portugueses à Altice SA, quer comprar a TIM por meio de um veículo financeiro e ficar com 25 por cento da empresa.
O restante seria dividido entre a Telefónica e a Claro, da América Móvil SAB, disseram fontes com conhecimento do assunto.
Bayard Gontijo, que assumiu como CEO da Oi em outubro e também é diretor financeiro e diretor de relações com os investidores, disse em uma entrevista nesta semana que a Oi não tem pressa para forçar uma consolidação.
A Telecom Italia, cujo rating foi reduzido para o grau especulativo pela Standard Poor’s e pela Moody’s Investors Service, tinha uma dívida líquida ajustada de 26,6 bilhões de euros em 30 de setembro.
A TIM tinha uma dívida líquida de R$ 791 milhões (US$ 297 milhões) no fim do terceiro trimestre, segundo um comunicado da empresa.