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TAM quer facilitar a vida de quem tem conflitos com ela

Companhia aérea aderiu ao programa "Empresas Amigas da Justiça", iniciativa do Tribunal de Justiça de são Paulo para desabarrotar o órgão


	TAM: aplicativo e site da companhia terão canal para demandas jurídicas
 (Pilar Olivares/Reuters)

TAM: aplicativo e site da companhia terão canal para demandas jurídicas (Pilar Olivares/Reuters)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 20 de maio de 2015 às 18h15.

São Paulo - Para facilitar acordos com clientes e diminuir o número de processos na Justiça, o site e o aplicativo da TAM passarão a ter um canal para receber demandas jurídicas.

Além disso, a companhia aérea vai instalar totens de atendimento nos Juizados Especiais Cíveis (JEC) dos principais aeroportos do estado de São Paulo e deixar advogados de plantão nos terminais em períodos de alto fluxo de passageiros, como a temporada de fim de ano e as Olimpíadas, no ano que vem. 

As medidas serão tomadas em até 90 dias e fazem parte do programa "Empresas Amigas da Justiça", iniciativa do Tribunal de Justiça de são Paulo (TJSP) para desabarrotar o órgão.

A TAM foi a primeira empresa do Brasil a assinar o compromisso, nesta quarta-feira. A meta é reduzir em 10% o número de ações judiciais movidas contra ela nos próximos 12 meses. 

As organizações que aderirem ao projeto receberão a certificação de “Parceira do Programa Empresa Amiga da Justiça”, um selo que poderá ser usado em campanhas publicitárias, informes aos acionistas e publicações corporativas.

A lista de todas as participantes ficará disponível para consulta no site do TJSP. Ao fim de cada ano, quem tiver o melhor desempenho em cada setor ganhará o prêmio Empresa Amiga da Justiça.

“A iniciativa será benéfica aos clientes, bem como para a própria empresa e o TJSP. Com o passageiro, a companhia terá uma conversa franca, ágil e conciliadora, a partir da qual pretende aperfeiçoar os processos e corrigir eventuais pontos que gerem descontentamento”, diz a diretora Jurídica da TAM, Aline Messias, em nota.

De fato, há motivos para que as companhias queiram se tornar parceiras do TJSP. 

“Por que não instituir como novo valor corporativo a responsabilidade judicial, baseado na opção por não recorrer ao Judiciário? Que tal considerar o grau de responsabilidade judicial de uma empresa no cálculo de seu valor, inclusive no mercado de capitais?”, sugere o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, também em nota. 

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