Negócios

TAM e LAN têm nova marca e muito trabalho pela frente

Companhias áreas que se fundiram há três anos vão operar agora sob a marca Latam. Mas vai levar um bom tempo para que os sistemas e processos sejam integrados


	Novo logo da Latam: marca substituirá TAM e LAN
 (Reprodução)

Novo logo da Latam: marca substituirá TAM e LAN (Reprodução)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 09h58.

São Paulo - As companhias aéreas TAM e LAN anunciaram nesta quinta-feira (6) que passarão a operar sob uma única marca: a Latam. Mas o grupo, originado após a fusão das duas empresas, em 2012, ainda terá um longo trabalho de integração pela frente.

Apesar de ter sido revelada hoje, a nova identidade da empresa será lançada progressivamente ao longo de três anos.

Esse é o tempo que levará para que toda a frota ganhe o novo logo e para que os sistemas, a comunicação dentro e fora dos aviões e os uniformes dos funcionários sejam padronizados.

O processo será gradual, primeiramente, porque é caro. A transição de marca custará à Latam de 30 a 40 milhões de dólares, fora os investimentos em campanhas publicitárias. Cerca de 80% dos gastos serão destinados à pintura de aviões.

"Não é viável para nenhuma empresa fazer tudo isso de uma só vez", disse Jerome Cardier, vice-presidente de marketing da holding, durante evento para divulgação da marca nesta quinta, em São Paulo.

"As aeronaves que comprarmos já virão com a nova identidade. As que já temos, serão modificadas quando passarem por manutenção periódica", explicou. O primeiro avião com a marca Latam chegará ao mercado no primeiro semestre de 2016.

Além do peso nas contas, uma transformação de identidade gradativa é absorvida com mais facilidade pela empresa e pelo consumidor, segundo Cardier. "Não se nasce de um dia para o outro", afirmou.

Plataformas

Nos próximos meses a Latam vai lançar um site pelo qual os passageiros poderão comprar bilhetes tanto da TAM quanto da LAN. Hoje, é necessário acessar dois endereços diferentes.

A plataforma de reservas por trás do canal para o consumidor, porém, só será unificada entre o fim de 2016 e o início de 2017.

"A partir do momento que houver só um sistema, conseguiremos ser mais eficientes, inovar mais rápido e pensar campanhas de comunicação que atravessem toda a América Latina", disse Cardier.

Enquanto isso não acontecer, segundo ele, a maneira de calcular o excesso de bagagem e as possibilidades de alteração de passagem de cada companhia serão diferentes.

Os ganhos em sinergias com a integração das operações foram calculados, segundo Cardier, mas não podem ser divulgados.

Em algum momento, sem previsão, a Latam também vai criar um canal único para atendimento ao cliente.

O que já funciona

Desde que a fusão entre LAN e TAM foi concluída, em 2012, alguns processos dentro do novo grupo já foram integrados.

"Antes cada uma das empresas tinha 160 aeronaves, hoje somos um grupo com 330 aeronaves. Seja para o fornecimento de avião, papel, ou qualquer insumo, a negociação hoje é muito mais forte e é feita de maneira unificada", disse Claudia Sender, presidente da TAM.

Operação

Apesar de fazerem parte de uma só marca e buscarem processos padronizados, TAM e LAN continuarão a ser empresas independentes. Devido a questões regulatórias, um avião certificado no Brasil só pode ser operado por uma tripulação local, por exemplo.

"O que estamos trabalhando muito duro para alcançar é uma experiência única para o cliente", frisou Claudia Sender.

No ano passado, o grupo Latam transportou 70 milhões de pessoas. A companhia tem 53.000 funcionários e operações domésticas em sete países.

A Latam leva viajantes para mais de 140 destinos em 24 países. No segmento de cargas, são 144 destinos em 26 países.

Acompanhe tudo sobre:Aviaçãocompanhias-aereasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e Aquisiçõesgestao-de-negociosLANLatamMarcasServiçosSetor de transporteTAM

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024