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Suzano assume 100% do controle da Polibrasil

Ao comprar parcela da Basell, que também detinha 50% do controle acionário, Suzano Petroquímica se torna a segunda maior produtora de resinas termoplásticas da América Latina

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Suzano Petroquímica agora é a maior produtora de polipropileno (resina petroquímica utilizada na fabricação de objetos de plástico) e a segunda maior fabricante de resinas termoplásticas da América Latina, atrás da brasileira Braskem. O novo título chega com a detenção de 100% do controle acionário da Polibrasil Resinas SA, da qual já dispunha de 50%. A outra metade pertencia à Basell International. "Com essa operação estamos trabalhando rumo à consolidação e enfrentar players [participantes do mercado] nacionais ou estrangeiros cada vez mais forte", diz o presidente do Conselho de Administração do grupo Suzano, David Feffer.

A operação custará à Suzano um total de 392 milhões de dólares, sendo 152 milhões de dívida da Polibrasil que a companhia vai assumir e o pagamento de 240 milhões. Caso esse desembolso ocorra por meio de empréstimo, o índice de endividamento da Suzano Petroquímica passará de 2,3 para 3,5 (na relação dívida líquida/Ebitda). "Estamos estudando as melhores alternativas e o que teria o menor custo", afirma o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Suzano Petroquímica, João Nogueira, sem descartar a hipótese de lançamento de novos papéis no mercado de ações.

No negócio, a Basell ficou com a unidade que fabrica de composto de polipropileno. A capacidade anual dessa linha é 25 mil toneladas, cerca de 4% da produção total da Polibrasil. Pelo acordo, a unidade comprará exclusivamente da Polibrasil a matéria-prima por um prazo de cinco anos.

No exterior

A saída da Basell da Polibrasil coincidiu com a mudança do controle acionário da empresa estrangeira. Todas os ativos da Basell no mundo foram vendidos no mês passado pelos antigos acionistas, a Basf e a Shell. Apesar de não terem participado da operação, os novos acionistas da Basell mundial conheceram e aprovaram o contrato, segundo David Feffer.

Perspectivas

Além de consolidar-se na região Sudeste, como o presidente do Conselho de Administração divulga como meta, a compra da Polibrasil mostra o entusiasmo do grupo por um mercado com potencial de crescimento rápido. Segundo Armando Guedes, diretor-superintendente da Suzano Petroquímica, o polipropileno é o produto menos maduro entre as resinas petroquímicas. "Há muito para crescer. Essa resina está em fase ascendente, diz. O crescimento médio da demanda por essa resina dos últimos 10 anos foi de 9,5% ao ano.

A Polibrasil tem unidades de produção em Duque de Caxias (Rio de Janeiro), Mauá (São Paulo) e Camaçari (Bahia).

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