Sustentabilidade pode fazer parte de qualquer negócio de sucesso, diz Chris Martin, do Coldplay
Em 2019, o músico prometeu que só voltaria a viajar pelo mundo quando pudesse reduzir o impacto ambiental de suas turnês. Hoje, os shows são gerados com energia 100% renovável e uma árvore é plantada para cada ingresso vendido; veja outras "iniciativas verdes" da banda
Jornalista
Publicado em 23 de março de 2023 às 11h51.
Última atualização em 23 de março de 2023 às 15h07.
Após a apresentação histórica que marcou a última edição do Rock in Rio, os milhares de fãs que aguardavam ansiosamente pelo retorno do Coldplay ao Brasil nem precisariam de mais um incentivo para lotar as arenas e dançar do início ao fim dos shows. Ainda assim, ganharam mais um motivo para fazê-lo.
É que, como parte do compromisso de deixar suas apresentações mais sustentáveis, a branda britânica instalou pistas de dança cinéticas no solo de cada arena em que se apresentaram. O objetivo, com isso, é que o próprio público ajude a gerar a energia que alimenta os geradores do show a medida em que pulam, dançam e se movimentam. Para reduzir ainda mais o consumo de eletricidade convencional, os fãs também poderiam procurar pelas bicicletas elétricas que foram instaladas no fundo da plateia em cada um dos shows.
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“Nós crescemos acreditando que ‘eles’ iriam resolver [os problemas ambientais], mas aí você se dá conta de que ‘eles’ não existem, o que existe é você. Então, no lugar de esperar atitudes dessa ou daquela empresa, decidimos tentar mudar o que a gente podia na nossa esfera”, explicou o vocalista Chris Martin em entrevista recente à rede de televisão americana NBC News.
O depoimento vai e encontro com um compromisso que a banda firmou em 2019, quando Chris afirmou que o grupo só voltaria a rodar o mundo quando pudesse reduzir os impactos ambientais de suas turnês.
E o músico garante que essa decisão não tem nada a ver com posicionamento político, reputação ou com a possibilidade de vender mais. “Não é sobre estar de um lado do espectro político, querer ser bem visto pelo público ou ganhar mais dinheiro. É sobre tentar provar que qualquer negócio de sucesso pode ser sustentável ”, disse na mesma entrevista.
Vale pontuar que questões relacionadas à sustentabilidade, responsabilidade social e governança (as chamadas “práticas ESG”) vêm mesmo se provando cada vez mais importantes para o sucesso de negócios dos mais variados portes e segmentos ao longo dos últimos anos.
Música sustentável: o que a turnê do Coldplay no Brasil tem a nos ensinar sobre ESG?
Após dois anos de planejamento, o Coldplay desenvolveu uma série de ações sustentáveis e finalmente voltou a pegar estrada. Dessa vez, com a turnê Music Of The Spheres World Tour que chegou ao Brasil no início de março para divulgar o álbum homônimo.
Segundo informações oficiais, os shows da nova turnê foram planejados com base em três pilares principais:
1. Reduzir
As emissões de gás carbônico (CO2) foram reduzidas em 50% em relação à última turnê. “Adaptamos todas as operações da turnê para reduzir emissões, alinhados com as melhores práticas cientificas: do palco às viagens, do frete ao consumo de energia”, diz o site oficial da banda.
Um exemplo prático de ações tomadas nesse sentido é o fato de que, durante as viagens, o Coldplay e sua equipe dão preferência para voos abastecidos com biocombustíveis e, no deslocamento terrestre, para veículos elétricos.
O grupo também garante que seleciona os materiais utilizados no show com base em suas credenciais ambientais. O material utilizado no palco, por exemplo, é resultado de uma combinação de diferentes materiais sustentáveis (como bambu e aço reciclável). “Em vários locais, com o intuito de minimizar as emissões do frete de equipamentos, adaptaremos o design do show para utilizar equipamentos, materiais e recursos locais”, dizem.
2. Reinventar
O segundo princípio sustentável da turnê tem a ver com a utilização de tecnologias inovadoras e ecológicas nos shows. Das pulseiras de led distribuídas para o público (que são feitas de materiais compostáveis à base de plantas) aos confetes biodegradáveis que colorem as apresentações – passando por fogos de artifício com carga explosiva menor, a iluminação do palco com luzes de led de baixo consumo e a instalação dos painéis cinéticos mencionados no início desta reportagem.
3. Compensar
A parcela remanescente de emissões de CO2 produzidas pelas apresentações é compensada por meio do apoio a projetos de reflorestamento, limpeza dos oceanos e preservação da vida selvagem.
“Apesar dos nossos melhores esforços, a turnê ainda terá uma pegada de carbono significativa. Nos comprometemos em reduzir mais CO2 do que a turnê produz apoiando projetos focados em reflorestamento, conservação e regeneração do solo, captura e armazenamento de carbono e energia renovável”, diz o site.
Como parte desse compromisso, a turnê também financia o plantio de uma árvore para cada ingresso vendido.
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