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Sucesso no Brasil, Desinchá aposta nos EUA e esgota na Amazon

A empresa planeja lançamentos exclusivos para o mercado internacional; companhia viu procura pelos produtos explodir na quarentena

Vanzak e Schmidt, da Desinchá: negócios ligados ao bem-estar (Germano Lüders/Exame)

Vanzak e Schmidt, da Desinchá: negócios ligados ao bem-estar (Germano Lüders/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 15h30.

Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 17h11.

A Desinchá, empresa que quer revolucionar o mercado de chás no Brasil, está apostando nos Estados Unidos. A companhia já atua no país desde o ano passado, mas viu a procura pelos produtos explodir durante a quarentena.

Assim como no Brasil, o trocadilho funcionou: a marca foi escolhida pela gigante varejista Amazon como um destaque na categoria de chás. O estoque do chá chegou a esgotar no site da varejista. "Tivemos que fazer uma grande exportação para os Estados Unidos", diz Eduardo Vanzak, presidente e cofundador da Desinchá.

A base americana também apoia as vendas para outros países e a operação internacional tem deixado a empresa mais rentável, especialmente agora que o real desvalorizado frente ao dólar. Um centro de distribuição em Poughkeepsie, no estado de Nova York, é responsável por fazer as entregas internacionais. Além dos Estados Unidos, as vendas para Portugal também estão crescendo. Atualmente, a operação americana corresponde a 3% a 5% do faturamento total.

A internacionalização da marca, nesse momento de real desvalorizado frente ao dólar, deixa a empresa mais rentável, diz Vanzak. "O produto chega mais barato nos Estados Unidos", afirma. Para desenvolver ainda mais o mercado internacional, a Desinchá deve lançar dois novos produtos exclusivos para os Estados Unidos. Um é o chá com vitaminas C e D e o outro, uma versão do chá com óleo CBD, ou canabidiol.

No Brasil

A marca de chás naturais, fundada em 2015 por Vanzak e Lohran Schmidt, chegou a faturar 6 milhões de reais por mês no ano passado segundo estimativas. Este ano, a empresa deve crescer 10%. Além dos 20.000 pontos de venda entre farmácias, supermercados e lojas especializadas, parte relevante do crescimento vem do comércio eletrônico. As vendas online, que eram de 8%, passaram de 30% com a pandemia.

A Desinchá atualizou o seu centro de distribuição brasileiro e reformou seu site. A troca da plataforma do comércio eletrônico, que levaria quatro meses, foi acelerada na pandemia. Para a empresa, a vantagem de ter um comércio eletrônico mais forte é oferecer todo o portfólio de produtos aos clientes. Além do carro-chefe, o sabor tradicional Desinchá com oito ervas, a empresa ainda oferece o Desinchá Noite e os sabores pitaya e blueberry, maçã e canela e abacaxi e limão siciliano.

A presença digital foi reforçada com a Desinchá Academy, plataforma de cursos que já tem três produtos - um desses cursos chegou a atrair 100.000 pessoas. Nutricionistas e um personal trainer ajudam no desenvolvimento do conteúdo. Os planos não param por aí. A empresa investe para aumentar seu portfólio com produtos de beleza e planeja outros lançamentos em bebidas. Como Vanzak disse à EXAME em 2019, “nunca quisemos ser só uma fabricante de chá”.

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