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Starbucks é acusada de discriminação racial nos EUA

Protestos na loja nos EUA e a convocação de boicotes foram feitas após dois homens serem presos enquanto esperavam um amigo na cafeteria

Starbucks: CEO da empresa afirmou que quer se desculpar pessoalmente com os dois homens presos (Mark Makela/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h16.

A Starbucks enfrenta acusações de discriminação racial nos Estados Unidos após a prisão de dois homens negros em uma cafeteria da Filadélfia enquanto esperavam um amigo, um incidente que a empresa considerou "repreensível".

Um vídeo do ocorrido - com 10 milhões de visualizações nesta segunda-feira, após ter sido publicado na quinta - gerou uma condenação generalizada nas redes sociais durante o fim de semana, com protestos em frente ao local e convocação de boicotes à rede de cafeterias.

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"Peço desculpas sinceras aos dois homens presos", disse o CEO da Starbucks, Kevin Johnson. "A Starbucks se opõe firmemente à discriminação, ou à discriminação racial", disse em comunicado.

Entrevistado pela ABC News nesta segunda-feira, prometeu "uma exaustiva revisão" das práticas da empresa para que isso não volte a acontecer "nunca mais". "O que aconteceu com esses cavalheiros foi ruim", afirmou.

O CEO da Starbucks disse que esperava se reunir pessoalmente com eles "para lhes oferecer desculpas cara a cara".

O prefeito da Filadélfia, Jim Kenney, considerou que o pedido de desculpas da empresa não era suficiente e ordenou uma investigação de suas práticas.

"O Starbucks deveria ser um lugar onde todos sejam tratados da mesma forma, sem importar a cor da pele", disse em declaração.

O vídeo divulgado por uma cliente do Starbucks, Melissa DePino, mostra vários policiais uniformizados interrogando e algemando os dois homens, que não ofereceram resistência.

No primeiro plano, um homem branco, também cliente, questiona a prisão indagando: "O que eles fizeram? O que fizeram?".

"Chamaram a polícia porque esses homens não tinham pedido nada. Estavam esperando um amigo, que chegou enquanto eram levados algemados por não terem feito nada", afirmou DePino em sua conta no Twitter.

A advogada dos presos, Lauren Wimmer, entrevistada por uma filial da CBS na Filadélfia, disse que ambos estavam esperando a chegada de outra pessoa para uma reunião de negócios.

O comissário de polícia da Filadélfia, Richard Ross, disse que a instituição recebeu uma ligação de um funcionário da Starbucks por invasão.

Ross disse que os agentes "educadamente" pediram aos dois homens para saírem, antes que fosse presos.

Os homens foram liberados após a Starbucks não apresentar acusações.

O vídeo gerou reações imediatas nas redes sociais.

"Esperar em um Starbucks se a pessoa não for negra é um crime?", indagou o baterista Questlove do grupo Roots.

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