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Só por meio da sociedade civil vamos mudar o Brasil, diz Luiza Trajano

Uma das líderes do Grupo Mulheres do Brasil, empresária disse que entidade tem a ambição de ser o maior grupo político apartidário do País

Luiza Helena Trajano: para dona do Magazine Luiza, Brasil precisa de mais autoestima (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Luiza Helena Trajano: para dona do Magazine Luiza, Brasil precisa de mais autoestima (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 19h29.

São Paulo - Em um discurso no qual evitou posicionamentos políticos, a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, defendeu que a sociedade civil seja mais ativa em temas hoje no debate político. "Só pela sociedade civil vamos poder mudar o Brasil", defendeu durante evento no Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

A empresária atua como uma das lideranças do Grupo Mulheres do Brasil e disse que a entidade tem a ambição de ser o maior grupo político apartidário do País. Segundo ela, é vedado todo tipo de atuação em benefício partidário no grupo. Trajano afirma que o Brasil precisa de mais "autoestima". "Quem tem poder no mundo de hoje é quem tem conhecimento e faz acontecer", acrescentou.

Questionada por jornalistas, ela disse que não comentaria o cenário político atual.

Na palestra, ela fez um discurso sobre a seriedade do tema da violência contra a mulher e pediu engajamento dos homens no combate à violência. O tema ganhou espaço na sua agenda, segundo a empresária, depois de uma funcionária do Magazine Luiza ter sido assassinada. Após o caso, a empresa decidiu criar um canal para denúncias de violência contra a mulher e participou de uma campanha incentivando denúncias ao 180.

Outra das bandeiras do Grupo Mulheres do Brasil é a cota para mulheres em Conselhos de Administração. Para Luiza, a cota seria um instrumento de transição para promover a inclusão de mulheres. "Há quem fale que tem que ser meritocracia. Tá bom, se é meritocracia apenas, então vamos ter que esperar 120 anos", argumentou.

A empresária falou ainda de sua relação com a família e disse que nunca houve cobrança de familiares com relação ao preço das ações do Magazine Luiza na Bolsa.

Luiza lembrou que a empresa já enfrentou períodos de depreciação das ações, com um valor de mercado que chegou aos cerca de R$ 300 milhões no seu pior momento. "Nunca recebi nenhuma ligação da minha família naquele período e também não recebi agora que a empresa ultrapassou o valor de R$ 30 bilhões", disse. Conforme noticiou a Coluna do Broadcast, esta semana o Magazine Luiza ultrapassou o Carrefour como a empresa de varejo mais valiosa da Bolsa, atingindo o patamar de R$ 30 bilhões.

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