Sindicato tenta evitar 500 demissões na fábrica da Mercedes
O corte foi confirmado na segunda-feira
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2015 às 08h45.
São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se reúne nesta quarta-feira, 20, com a direção da Mercedes-Benz para tentar evitar 500 demissões na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), onde são produzidos caminhões e ônibus.
O corte foi confirmado na segunda-feira, 18, após o encerramento de um programa de demissão voluntária (PDV) que, segundo a empresa, teve baixa adesão.
O PDV foi acertado em abril, após a montadora divulgar que faria 500 demissões e os trabalhadores realizarem greve por cinco dias.
O grupo, que estava em lay-off há um ano, teve o prazo do programa prorrogado até 15 de junho.
Com poucas adesões ao PDV, contudo, a montadora afirmou que precisa encerrar os 500 contratos até o dia 29. A empresa alega ter excedente de 1.750 funcionários na unidade.
Sem dar detalhes, o sindicato informou que a entidade "tomará providências" caso não consiga um acordo com a empresa.
A Mercedes também anunciou férias coletivas de cerca de 15 dias para os 7 mil trabalhadores da produção, a partir de 1º de junho.
Volvo
Na Volvo, em Curitiba (PR), metade dos 4,2 mil trabalhadores que entraram em greve há 12 dias voltou ao trabalho na segunda-feira. A maioria é do setor administrativo.
A paralisação teve início após a empresa encerrar o segundo turno de trabalho e avisar que tinha 600 trabalhadores excedentes.
O pessoal da produção segue paralisado e esta já é a greve mais longa desde o início das operações da fábrica paranaense, no fim dos anos 70.
A empresa concordou em abrir um PDV e colocar parte do pessoal ocioso em lay-off, mas há um impasse nas negociações relativo ao aumento real de salários e pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A Ford também confirmou que dará férias coletivas a 2,8 mil trabalhadores da produção em Camaçari (BA), paralisando assim toda a linha dos modelos Ka e EcoSport entre 25 de maio e 3 de junho, emendando com o feriado de Corpus Christi.
Scania
Outra fabricante de caminhões e ônibus que vai parar na semana do feriado é a Scania, em São Bernardo. Durante todo o mês de maio a unidade está trabalhando quatro dias por semana.
A Iveco tem 200 operários que estão trabalhando apenas três dias por semana desde meados de abril e manterá essa agenda na fábrica de Sete Lagoas (MG) até julho.
De janeiro a abril, a produção de caminhões caiu 45% em relação a igual período de 2014. A produção de ônibus teve queda de 26,6% e a de automóveis e comerciais leves, de 15,8%.
A maioria das montadoras opera com alguma medida de corte na produção, seja por meio de férias, lay-off ou PDV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em unidades, os carros do grupo Toyota foram os mais vendidos no mundo em fevereiro – no total, 631.948 carros foram comercializados. Ainda assim, a companhia apresentou uma queda de 4,3% nos emplacamentos em relação há um ano. No acumulado de janeiro e fevereiro comparado ao mesmo período de 2014, o grupo japonês teve queda de 5,1% - nos dois primeiros meses do ano, vendeu 1.239.453 unidades no mundo.
Em terceiro lugar no ranking está a GM Company com a venda de 1.072.606 unidades no mundo, crescimento de 0,9% em comparação aos dois primeiros meses de 2014. Só em fevereiro, 502.310 carros foram vendidos, crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior.
As marcas de carros da montadora coreana subiram 0,8% em janeiro e fevereiro deste ano: 950.683 veículos foram vendidos por ela no mundo. Em fevereiro de 2015 o crescimento foi de 1,9%, com 457.985 unidades emplacadas.
A montadora americana vendeu 804.847 carros no mundo até fevereiro deste ano, 4,5% mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Em fevereiro, 381.881 unidades foram compradas, número 0,4% superior ao de um ano antes.
O grupo Nissan foi o que apresentou melhor resultado até fevereiro deste ano: 738.004 carros vendidos, crescimento de 4,7% em relação ao ano anterior. Apenas no mês, 357.274 carros das marcas foram comprados no mundo, 2,5% a mais que fevereiro de 2014.
Entre os dez maiores do setor, o grupo Honda ocupa a sétima posição, com 656.691 carros vendidos até fevereiro, número 3,7% superior ao apresentado até fevereiro de 2014. Porém, a companhia foi a que teve um aumento expressivo em fevereiro deste ano: 8,4% em relação há um ano – o maior entre todas do ranking. No total, 321.225 carros da marca foram comercializados.
O conglomerado formado pelos grupos Fiat e Chrysler ocupa o oitavo lugar do ranking, mas apresentou queda de vendas tanto nos dois primeiros meses do ano quanto em fevereiro comparado aos mesmos períodos de 2014. Até fevereiro, 646.637 carros das marcas foram vendidos, queda de 1,9%. Apenas no mês, as vendas caíram 4,4%, com 322.265 unidades compradas.
Em nono lugar entre os grupos automotivos, e também com queda de vendas de janeiro a fevereiro, está a Suzuki . No período, um número 4,9% menor em relação a um ano foi atingido – no total, 412.338 carros foram comercializados no mundo. A retração dos emplacamentos de fevereiro em relação ao mesmo mês de 2014 foi um pouco menor, de 3,5%. No total, 207.689 carros foram vendidos.