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Sindicato repudia possível venda da Embraer à Boeing

Os sindicalista pediram que o governo vete a venda, alegando que a Embraer é estratégica para o país

Embraer: "Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica para o País (Marcos Issa/Bloomberg News/Bloomberg)

Embraer: "Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica para o País (Marcos Issa/Bloomberg News/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 17h47.

São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região divulgou nota nesta quinta-feira, 21, repudiando a possibilidade de venda da Embraer à norte-americana Boeing.

"Única fabricante brasileira de aviões e terceira maior do setor no mundo, a Embraer é estratégica para o País e não pode ser vendida para capital estrangeiro. Exigimos que o governo federal vete a venda e, enfim, reestatize a Embraer como forma de preservar e retomar este patrimônio nacional", escrevem os sindicalistas.

Pelo que foi noticiado, o sindicato entende ainda que as negociações de venda da Embraer já "vêm de longo tempo, longe dos olhos da população", uma vez que a operação depende do aval do governo, que detém golden shares da empresa - ações que lhe conferem poder de veto em assuntos como venda, programas militares e acesso à tecnologia.

A entidade lembra que, no dia 19 de julho, o Ministério da Fazenda solicitou uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de abrir mão das golden share da Embraer e outras empresas.

Os sindicalistas destacam ainda que a fabricante emprega atualmente cerca de 16 mil trabalhadores no Brasil, e já vinha adotando uma política de desnacionalização da produção. De acordo com a entidade, a venda para a Boeing vai comprometer esses postos de trabalho e a própria permanência da fábrica no País.

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