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Sindicato francês pede saída de Carlos Ghosn da Renault

O diretor-presidente do grupo Renault entrou na mira dos sindicatos após o anúncio da ampliação de um plano de redução de efetivo, com previsão de 7,5 mil demissões

Carlos Ghosn: o pedido para a saída do CEO da Renault foi feito pelo secretário-geral da CFDT, Laurent Berger, em um programa da emissora de rádio parisiense RTL (Bill Pugliano)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 19h25.

Paris - O diretor-presidente do grupo Renault , Carlos Ghosn, entrou na segunda-feira na alça de mira dos sindicatos da França, após o anúncio da ampliação de um plano de redução de efetivo, com previsão de fechamento de 7,5 mil postos de trabalho nos próximos anos.

Para a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), o segundo mais importante sindicato do país, a administração do executivo franco-brasileiro seria a responsável pela queda nas vendas da marca, pelo crescimento das dívidas e pela necessidade de demissões.

O pedido de saída de Carlos Ghosn foi feito pelo secretário-geral da CFDT, Laurent Berger, em um programa da emissora de rádio parisiense RTL. Berger comentava o resultado comercial do grupo Renault em 2012 - queda de 6,3% das vendas em relação a 2011 - e o programa de demissões voluntárias e aposentadorias, que resultará no fechamento de 7,5 mil vagas até 2016.

“É necessário se questionar sobre a possibilidade de a Renault ter um diretor-presidente que tenha melhor performance na estratégia da empresa. O problema da Renault, como o da PSA Peugeot Citroën, é de estratégia”, disse Berger, acusando Ghosn de privilegiar a associada japonesa da montadora francesa, a Nissan. “

Carlos Ghosn dirige duas empresas ao mesmo tempo. Ele é nove vezes mais bem pago pela Nissan do que pela Renault”, argumentou o sindicalista. “O Estado deve assumir suas responsabilidades no caso da Renault”, disse, sem pronunciar a palavra “demissão”, mas exortando o governo, dono de 15% das ações da montadora, a tomar a iniciativa.

Em resposta ao pedido feito pela CFDT, o primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, se mostrou solidário a Ghosn, deixando claro que não exigirá sua demissão. “Não estamos aqui para pedir a demissão de ninguém. Estamos aqui para construir, e não para demolir”, disse Ayrault.

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Para a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), o segundo mais importante sindicato do país, a administração do executivo franco-brasileiro seria a responsável pela queda nas vendas da marca, pelo crescimento das dívidas e pela necessidade de demissões.

O pedido de saída de Carlos Ghosn foi feito pelo secretário-geral da CFDT, Laurent Berger, em um programa da emissora de rádio parisiense RTL. Berger comentava o resultado comercial do grupo Renault em 2012 - queda de 6,3% das vendas em relação a 2011 - e o programa de demissões voluntárias e aposentadorias, que resultará no fechamento de 7,5 mil vagas até 2016.

“É necessário se questionar sobre a possibilidade de a Renault ter um diretor-presidente que tenha melhor performance na estratégia da empresa. O problema da Renault, como o da PSA Peugeot Citroën, é de estratégia”, disse Berger, acusando Ghosn de privilegiar a associada japonesa da montadora francesa, a Nissan. “

Carlos Ghosn dirige duas empresas ao mesmo tempo. Ele é nove vezes mais bem pago pela Nissan do que pela Renault”, argumentou o sindicalista. “O Estado deve assumir suas responsabilidades no caso da Renault”, disse, sem pronunciar a palavra “demissão”, mas exortando o governo, dono de 15% das ações da montadora, a tomar a iniciativa.

Em resposta ao pedido feito pela CFDT, o primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, se mostrou solidário a Ghosn, deixando claro que não exigirá sua demissão. “Não estamos aqui para pedir a demissão de ninguém. Estamos aqui para construir, e não para demolir”, disse Ayrault.

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