Negócios

Silvio Santos negociou pessoalmente a ajuda ao Panamericano

Conversas com o Banco Central e o Fundo Garantidor começaram em meados de outubro

Panamericano: Silvio Santos costumava delegar sua direção a executivos (Divulgação)

Panamericano: Silvio Santos costumava delegar sua direção a executivos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 14h12.

São Paulo - O empresário Silvio Santos quebrou sua própria regra de não interferir na condução do Banco Panamericano – sempre delegado aos seus executivos de confiança – e envolveu-se pessoalmente na negociação do seu socorro. Os contatos entre o empresário, o Banco Central e o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) começaram em 11 de outubro.

Na manhã daquele dia, o BC informou ao Panamericano a descoberta das irregularidades contábeis que teriam inflado o seu balanço. Na noite daquela segunda-feira, véspera de feriado, Silvio telefonou pela primeira vez para o diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva.

Desde então, o empresário assumiu as negociações. Entre aquele contato e a assinatura da operação, foram realizadas cerca de dez reuniões, inclusive na sede do FGC, no bairro paulistano de Pinheiros.

Além de Silvio, participaram destes encontros também uma dezena de pessoas – entre a direção do FGC, seu conselho de administração, auditores e advogados.

Sigilo

Nos últimos dias, o mercado já mostrava desconfiança em relação aos bancos médios. Havia rumores, inclusive, de que o Banco Central decretaria a intervenção em algum deles. Ontem (09/11), o mais cotado pelos analistas era o próprio Panamericano, cujas ações preferenciais fecharam em queda de 6,75%.

O movimento levantou as tradicionais suspeitas de vazamento de informação – algo que o FGC nega. “O FGC tem, por dever, manter o sigilo de suas negociações”, afirmou Silva.

Acompanhe tudo sobre:Banco PanAmericanoBancosBancos quebradosBilionários brasileirosDívidas de paísesEmpresasFinançasGrupo Silvio SantosPersonalidadessetor-financeiroSilvio Santos

Mais de Negócios

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Um acordo de R$ 110 milhões em Bauru: sócios da Ikatec compram participação em empresa de tecnologia

Por que uma rede de ursinho de pelúcia decidiu investir R$ 100 milhões num hotel temático em Gramado

Mais na Exame