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Shell quer disputar sozinha blocos da 11ª rodada de petróleo

A empresa produz atualmente cerca de 90 mil barris de petróleo ao dia no país, no campo de Peregrino, na bacia Campos


	A Shell possui a concessão de cinco blocos na bacia terrestre do São Francisco, que possui áreas incluídas na décima primeira rodada organizada pela ANP
 (André Valentim/EXAME.com)

A Shell possui a concessão de cinco blocos na bacia terrestre do São Francisco, que possui áreas incluídas na décima primeira rodada organizada pela ANP (André Valentim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 14h45.

Rio de Janeiro - A Shell pretende disputar sozinha alguns blocos incluídos na décima primeira rodada de licitação de áreas de petróleo no Brasil, marcada para maio, disse nesta quarta-feira o diretor de Exploração da empresa no país, Antônio Guimarães.

"A Shell tem interesse (em participar) e está avaliando com cuidado os blocos à disposição. Nossa participação será onde houver oportunidade", afirmou o executivo à Reuters, durante evento do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP).

A rodada está marcada para os dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro.

"Estamos avaliando possibilidade de parcerias e, em alguns casos, participar só", adicionou ele.

A Shell possui a concessão de cinco blocos na bacia terrestre do São Francisco, que possui áreas incluídas na décima primeira rodada organizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de outras concessões marítimas em áreas que não irão a leilão, como Parque das Conchas, Bijupirá, Salema e o bloco do pré-sal BM-S-54.

"(Vamos entrar) não olhando para sinergia. Nesse mercado, sinergia não é suficiente. Tem que ver possibilidades e oportunidades", afirmou ele Atualmente, a Shell produz no Brasil entre 50 e 60 mil barris ao dia, informou o executivo.

Ele disse ainda que a empresa está em fase de análise de desenvolvimento de um bloco no pré-sal para saber se fará uma nova campanha de perfuração no local.


Guimarães comemorou a retomada dos leilões da ANP, suspensos desde 2008. A ausência de licitações desde então criou um hiato na exploração de blocos, que ameaçaria a produção no país nos próximos anos.

"Acho que a retomada é fantástica, primeiro para o país, e para manutenção de uma indústria que não pode viver de altos e baixos e precisa de uma constância. Esperamos que não seja um movimento pontual, mas sim uma regularidade de um processo", disse ele.

A descoberta do pré-sal durante esse período sem rodadas deve compensar a longa inatividade, segundo o executivo.

"Esse período vai ter reflexos em projetos que deixaram de existir, mas como houve avanços e descobertas significativas no pré-sal, talvez haja uma compensação." STATOIL Outro executivo presente ao evento do IBP, Guilherme Kuhner, gerente de desenvolvimento industrial da petroleira norueguesa Statoil, revelou que também há o interesse do grupo na rodada da ANP.

"Com certeza vamos participar, temos interesse, e o Brasil é área foco da companhia. Temos intenção de crescer muito no Brasil", afirmou Kuhner à Reuters.

A empresa produz atualmente cerca de 90 mil barris de petróleo ao dia no país, no campo de Peregrino, na bacia Campos, e, de acordo com ele, a produção está se aproximando do limite de 100 mil barris dia.

"Devemos ficar nesse platô por alguns anos. Achamos que a rodada vem em boa hora. Estamos há bastante tempo buscando novos horizontes e certamente seremos bastante ativos", declarou o gerente da Statoil.

De acordo com o representante da Statoil, a empresa tem cinco blocos exploratórios em desenvolvimento sozinha ou com parceiros nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, onde os "potenciais são bem grandes".

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