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Shell está incerta sobre fim de força maior na Nigéria

A significativa interrupção ressalta a dimensão do problema de roubo de petróleo, ou "bunkering", como é conhecido no país


	"A Shell ainda não pode dizer quando a força maior será levantada", disse um porta-voz
 (Cate Gillon/Getty Images)

"A Shell ainda não pode dizer quando a força maior será levantada", disse um porta-voz (Cate Gillon/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 09h00.

Lagos - A Shell disse nesta terça-feira que ainda não pode dizer quando a força maior sobre as exportações de petróleo Bonny e Forcados vai ser suspensa, após problemas com roubos e inundações no Delta do Níger.

A companhia reportou na segunda-feira ter declarado força maior na sexta-feira, devido a fatores incluindo os estragos causados por roubos e inundações que afetaram um terceiro fornecedor.

Bonny Light e Forcados são dois dos mais importantes tipos de petróleo da Nigéria, e em outubro eles representaram exportações de 427 mil barris por dia, cerca de um quinto do total das exportações, de 2,048 milhões de barris por dia.

A significativa interrupção ressalta a dimensão do problema de roubo de petróleo, ou "bunkering", como é conhecido na Nigéria, no qual as autoridades dizem que até 20 por cento do petróleo é perdido.

Isso também seria a primeira evidência confirmada de um impacto na produção de petróleo pela pior inundação que a Nigéria já teve em cinco décadas. O rio Níger transbordou no mês passado, inundando boa parte da rica região de petróleo.

"A Shell ainda não pode dizer quando a força maior será levantada", disse o porta-voz da Shell, Precious Okolobo, que não quis dar mais detalhes.

Na sexta-feira, a Shell disse que os embarques de Forcados foram afetados por danos causados por supostos ladrões no oleoduto Trans Forcados e no ramal principal de Brass Creek, enquanto os embarques de Bonny foram atingidos por um incêndio em navio suspeito de roubar petróleo, além das inundações.

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