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Shell conclui perfurações da 3ª fase de Parque das Conchas

Companhia perfurou sete poços, sendo cinco produtores e dois injetores, que apenas entrarão em fase de produção em 2016

Shell: fase 3 deverá ser responsável pela produção de até 30 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no seu auge (Andrey Rudakov/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 14h44.

Rio de Janeiro - A Shell conclui nesta semana a perfuração de poços da terceira fase de desenvolvimento do Parque das Conchas, na Bacia de Campos, o principal ativo produtor da petroleira no país, disse nesta quarta-feira o presidente da companhia no Brasil, André Araújo.

A companhia perfurou sete poços, sendo cinco produtores e dois injetores, que apenas entrarão em fase de produção em 2016.

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A fase 3 deverá ser responsável pela produção de até 30 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no seu auge.

Araújo não informou quanto foi investido na fase 3. Entretanto, ele afirmou que na segunda fase o aporte foi superior a 2 bilhões de dólares.

"Então você tem um valor um pouco a mais na fase 3. São investimentos multibiolionários", declarou Araújo, em evento no Rio de Janeiro .

Atualmente, o Parque das Conchas responde por 65 por cento da produção dos campos operados pela Shell no Brasil que, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustívels (ANP), produziram um total de 96,61 mil barris de boe/dia em junho.

A marca permite que a empresa seja a empresa privada que opera o maior volume de produção de petróleo no Brasil.

A Shell é a operadora do Parque das Conchas com 50 por cento de participação e tem como parceiras a Qatar, com 23 por cento, e a ONGC, com 27 por cento.

Além do Parque das Conchas, a empresa opera os campos Bijupirá e Salema, responsáveis pela produção dos outros 35 por cento dos volumes diários de boe operados pela Shell, também na Bacia de Campos.

Nesses campos, a Shell está realizando investimentos para aumentar a produção, com a instalação de equipamentos e injeção de água.

Gato do mato

Araújo também afirmou que busca ser operador do reservatório de Gato do Mato, no pré-sal da Bacia de Santos, em processo de unitização.

A área tem uma jazida que extrapola os limites de concessão para uma área do pré-sal ainda não licitada pela União. A Shell tem 80 por cento de Gato do Mato, enquanto a Total tem 20 por cento.

Segundo o executivo, não há prazo para a conclusão das negociações com a Pré-sal Petróleo SA (PPSA) para o acordo de unitização do reservatório.

A busca pela operação é uma das questões que estão sendo discutidas juridicamente, já que as áreas do pré-sal ainda não licitadas, necessariamente, serão operadas pela Petrobras, e em acordos de unitização a jazida deve ter uma única operadora.

"A gente quer sempre ser operador, não só nesse bloco”, afirmou o executivo, admitindo que a questão é delicada porque poderá criar precedente para outros casos.

No primeiro semestre deste ano, segundo o presidente, a PPSA e a Shell trabalharam muito na troca de informações geológicas sobre as áreas.

Araújo afirmou que o tamanho do reservatório em área da União ainda está em fase de análise e depende de dados que serão adquiridos após perfuração.

Entretanto, é necessário que o acordo de unitização seja fechado para que a fase de exploração e desenvolvimento da área seja retomada.

A empresa, segundo Araújo, permanece interessada em participar de novos leilões no Brasil.

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