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Serviços em nuvem impulsionam resultado da SAP no Brasil

Globalmente, no segundo trimestre deste ano, a SAP reportou um crescimento de 33% na receita com novos negócios na nuvem

Nuvem: tecnologia também se torna mais acessível para empresas de menor porte (Divulgação/Divulgação)

Nuvem: tecnologia também se torna mais acessível para empresas de menor porte (Divulgação/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de julho de 2017 às 08h00.

Última atualização em 26 de julho de 2017 às 08h00.

São Paulo - Para a SAP, a nuvem é o futuro do seu negócio. No Brasil, as vendas de serviços em nuvem cresceram 3 dígitos no segundo trimestre do ano. A companhia não releva quanto do faturamento vem da nuvem, mas diz que o aumento da participação pode tornar essa tecnologia acessível a mais empresas - e até mudar o modelo de negócios da própria SAP.

Globalmente, no segundo trimestre deste ano, a SAP reportou um crescimento de 33% na receita com novos negócios na nuvem, atingindo a marca de 340 milhões de euros. Já as vendas de licenças de software subiram 4%, chegando a um total de 1,1 bilhões de euros.

A mudança de sistema também traz transformações ao negócio. Para contratar os sistemas tradicionais da companhia, o cliente paga uma única vez pela aquisição da licença. Já os serviços em nuvem são pagos por meio de mensalidades menores, mas recorrentes.

Além disso, a criação de novos serviços é mais curta. Ao invés de levar anos, uma nova solução pode estar disponível em poucos meses. "A empresa se preparou para essa mudança nos últimos anos", afirmou Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil a EXAME.com.

O grupo Boticário é um dos novos clientes em soluções em nuvem. Segundo a empresa de tecnologia, o grupo usa as soluções para, por exemplo, planejar e gerenciar sua cadeia de suprimentos.

Outro cliente de nuvem é a Embraer, que usa o sistema para melhorar seus processos de conformidade, a experiência dos clientes internos e para reduzir custos.

Mas não são apenas grandes companhias que adotam as soluções da SAP. Com a mudança na precificação, a tecnologia também se torna mais acessível para empresas de menor porte. As vendas para pequenas e médias empresas cresceram três dígitos no segundo trimestre.

"Podemos ajudar a criar novos modelos de negócios para PMEs, como digitalizar seu canal de vendas e criar um comércio eletrônico, por exemplo", afirmou Palmaka.

A SAP tem 11 mil clientes no Brasil, maioria formada por pequenas ou médias empresas, embora a maior parte do faturamento venha de negócios de grande porte. "Ainda temos muito oportunidade para crescer com as pequenas e médias", diz a presidente.

O que há além da nuvem?

Embora os serviços em nuvem sejam, hoje, o motor de crescimento da SAP no Brasil e no mundo, a companhia já está estudando quais serão os próximos passos.

O SAP Leonardo, nova plataforma lançada em março, é baseada em internet das coisas. Ainda que ela só venha oficialmente para o Brasil em setembro, já há vários projetos sendo criados em parceria com clientes.

"Estamos com alguns cases que iremos anunciar em breve", disse a presidente. As inovações sairão do centro de inovação da empresa em São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Mais de 900 desenvolvedores já trabalham no local.

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