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Ser Educacional compensará queda no Fies com ganhos de eficiência

Executivo da companhia afirmou que a proporção de estudantes do Fies pode cair para 35% da base total da empresa ante 45,5% ao final de setembro

Ser Educacional informou, ainda, que a cada 10 pontos percentuais de queda na penetração do Fies há um impacto de 1 ponto percentual na margem Ebitda (Divulgação)
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Reuters

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 14h43.

São Paulo - A queda na base de alunos contemplados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pode gerar impactos na margem da Ser Educacional , mas a empresa avalia que poderá compensar o efeito com ganhos de eficiência nos próximos anos, disse o diretor financeiro da empresa, João Albérico Porto de Aguiar, nesta sexta-feira.

Em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do terceiro trimestre, o executivo comentou que a proporção de estudantes financiados pelo Fies pode cair para 35 por cento da base total da empresa ante 45,5 por cento ao final de setembro.

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Ao responder pergunta de analista sobre os impactos no próximo ano na margem da empresa causados pela retração do Fies, Aguiar comentou inicialmente que seriam pequenos, de 2 a 3 pontos. Mas a empresa esclareceu posteriormente que a estimativa envolve o período até 2020 e que o impacto poderá ser compensado com medidas de eficiência.

A Ser Educacional informou, ainda, que a cada 10 pontos percentuais de queda na penetração do Fies há um impacto de 1 ponto percentual na margem Ebitda.

O diretor financeiro também estimou que a taxa semestral de evasão dificilmente cairá abaixo de 11 por cento por causa do desemprego em grandes cidades do país. Por conta disso, a Ser Educacional vem sendo mais conservadora em seus esforços de contingência e espera entrar 2017 com ciclo controlado de inadimplência (PDD).

Às 12:50, as ações da Ser exibiam alta de 1,5 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 0,5 por cento.

Segundo Aguiar, o atraso na realização das provas do Enem neste ano está dificultando a captação de alunos pelo setor, mas a Ser está confiante sobre o processo de matrículas de novos alunos.

Ele também demonstrou otimismo quanto à redução da dívida líquida da companhia, que ao término de setembro de 2016 somava 162,9 milhões de reais. "Devemos zerar com bastante conforto (o endividamento) em 2017, se mantido o ritmo de geração de caixa", afirmou.

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