Sem acordo, Nippon apoiará indicação judicial na Usiminas
A Nippon Steel & Sumitomo afirmou à Justiça que vai apoiar indicação judicial para presidente-executivo da Usiminas se não chegar a um acordo com a Ternium
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2016 às 21h09.
São Paulo - A Nippon Steel & Sumitomo Metal afirmou à Justiça de Minas Gerais que vai apoiar indicação judicial para presidente-executivo da Usiminas se não chegar a um acordo com a Ternium para comandar a siderúrgica brasileira na reunião de conciliação na segunda-feira, disse à Reuters nesta sexta-feira uma fonte com conhecimento do assunto.
A Nippon, que integra o grupo de controle da Usiminas com a Ternium, não aceita que a companhia seja comandada por Sergio Leite, executivo veterano da siderúrgica eleito em reunião do Conselho de Administração no final de maio. Segundo a fonte, a eleição de Leite, que teve apoio da Ternium, foi feita por meio de procedimento que violou acordo de acionistas e a Lei das SA.
A Nippon abriu processo na Justiça de Minas Gerais para cancelar a reunião que elegeu Leite e a juíza do caso pediu posicionamento das partes antes da audiência de conciliação na segunda-feira.
A posição da Nippon é contra a manutenção de Leite e, segundo a fonte, se não houver um acordo, o grupo japonês apoiará uma indicação judicial para a presidência-executiva da Usiminas.
Em nota, o presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Elias Brito, indicado pela Ternium neste ano, criticou a posição da Nippon. Os grupos travam desde 2014 uma das maiores batalhas corporativas dos últimos anos no país em torno do comando da maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada.
Brito classificou o posicionamento da Nippon como inédito na história brasileira e que a eleição de Leite foi legítima.
"É surpreendente e inédito no Brasil que um acionista solicite que o judiciário faça uma intervenção em uma empresa de capital aberto, solicitando que o presidente da empresa seja indicado pela Justiça", disse Brito, em comunicado à imprensa.
"A postura de pedir um interventor gera grande instabilidade para a Usiminas em um momento sensível para a companhia em que a renegociação das dívidas está sendo finalizada", disse o Brito no comunicado.
Procurada, a Nippon disse que não faria comentários sobre o assunto, uma vez que está sob segredo de justiça. A Usimimas deve concluir nos próximos dias um aumento de capital de 1 bilhão de reais que foi subscrito por Nippon e Ternium.
A operação é condição para que bancos credores nacionais e japoneses apoiem uma reestruturação de dívida da companhia
São Paulo - A Nippon Steel & Sumitomo Metal afirmou à Justiça de Minas Gerais que vai apoiar indicação judicial para presidente-executivo da Usiminas se não chegar a um acordo com a Ternium para comandar a siderúrgica brasileira na reunião de conciliação na segunda-feira, disse à Reuters nesta sexta-feira uma fonte com conhecimento do assunto.
A Nippon, que integra o grupo de controle da Usiminas com a Ternium, não aceita que a companhia seja comandada por Sergio Leite, executivo veterano da siderúrgica eleito em reunião do Conselho de Administração no final de maio. Segundo a fonte, a eleição de Leite, que teve apoio da Ternium, foi feita por meio de procedimento que violou acordo de acionistas e a Lei das SA.
A Nippon abriu processo na Justiça de Minas Gerais para cancelar a reunião que elegeu Leite e a juíza do caso pediu posicionamento das partes antes da audiência de conciliação na segunda-feira.
A posição da Nippon é contra a manutenção de Leite e, segundo a fonte, se não houver um acordo, o grupo japonês apoiará uma indicação judicial para a presidência-executiva da Usiminas.
Em nota, o presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Elias Brito, indicado pela Ternium neste ano, criticou a posição da Nippon. Os grupos travam desde 2014 uma das maiores batalhas corporativas dos últimos anos no país em torno do comando da maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada.
Brito classificou o posicionamento da Nippon como inédito na história brasileira e que a eleição de Leite foi legítima.
"É surpreendente e inédito no Brasil que um acionista solicite que o judiciário faça uma intervenção em uma empresa de capital aberto, solicitando que o presidente da empresa seja indicado pela Justiça", disse Brito, em comunicado à imprensa.
"A postura de pedir um interventor gera grande instabilidade para a Usiminas em um momento sensível para a companhia em que a renegociação das dívidas está sendo finalizada", disse o Brito no comunicado.
Procurada, a Nippon disse que não faria comentários sobre o assunto, uma vez que está sob segredo de justiça. A Usimimas deve concluir nos próximos dias um aumento de capital de 1 bilhão de reais que foi subscrito por Nippon e Ternium.
A operação é condição para que bancos credores nacionais e japoneses apoiem uma reestruturação de dívida da companhia