Negócios

Seguro para Samarco é bem maior que R$1 bi, diz fonte

A apólice para cobertura dos prejuízos à Samarco decorrentes do rompimento de duas barragens de rejeitos supera em muito a cifra de R$ 1 bilhão, disse fonte


	Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: "é muito maior que 1 bilhão de reais a apólice de properties", disse uma fonte
 (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: "é muito maior que 1 bilhão de reais a apólice de properties", disse uma fonte (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 18h55.

São Pauo - A apólice para cobertura dos prejuízos à Samarco decorrentes do rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração na cidade de Mariana (MG), na semana passada, supera em muito a cifra de 1 bilhão de reais, disse nesta segunda-feira uma fonte a par do assunto.

"É muito maior que 1 bilhão de reais a apólice de properties", disse uma fonte com conhecimento do assunto e que pediu para não ser identificada, porque os contratos não são públicos.

A apólice de properties cobre prejuízos de danos materiais causados pelo acidente à companhia, uma joint venture entre a Vale e a australiana BHP. A fonte não soube dizer se o contrato inclui eventuais perdas de receitas devido à paralisação da unidade.

A Samarco tem capacidade de produzir 30 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro ao ano, o que corresponde a cerca de 2 por cento do mercado global, destacaram analistas.

Nesta tarde, O governo de Minas Gerais embargou todas atividades da mineradora Samarco na região do acidente, que deixou 25 desaparecidos e 601 desabrigados até o momento. Ainda segundo a fonte, o valor desta apólice é bem maior do que a feita para cobrir custos de responsabilidade civil.

A corretora Willis confirmou à Reuters que intermediou ambos os contratos, mas não detalhou informações, alegando que os contratos são sigilosos.

Segundo a fonte ouvida pela Reuters, a apólice de properties tem como líder a norte-americana ACE. A unidade no Brasil da seguradora canadense Fairfax confirmou que tem uma participação pequena nesta apólice, sem mencionar o percentual.

A ACE é a seguradora que comprou a carteira de grandes riscos do Itaú Unibanco por 1,515 bilhão de reais, operação anunciada em 2014.

Consultada, a ACE afirmou que "não faz comentários sobre catástrofes individuais ou perdas específicas".

Já o seguro de responsabilidade civil é de responsabilidade principal da Allianz, segundo a mesma fonte.

A Allianz disse que não comentaria o assunto.

A Samarco não respondeu a um pedido de comentário até a publicação desta reportagem.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasIndústriaMinas GeraisMineraçãoSamarco

Mais de Negócios

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões