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Seguranças do Pão de Açúcar são acusados de agredir jovem negro

“A rede informa que não tolera atos de violência e que repudia veementemente qualquer comportamento desse tipo em suas lojas”, disse o GPA

Supermercado Pão de Açúcar (Nacho Doce//Reuters)

Supermercado Pão de Açúcar (Nacho Doce//Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 12h32.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2018 às 14h18.

São Paulo - Uma consumidora acusa os seguranças que trabalham em um Pão de Açúcar no Jabaquara, em São Paulo, de agredir o seu filho.

O garoto de 16 anos foi abordado pelos seguranças contratados pelo Pão de Açúcar, através de uma empresa terceirizada, na noite de 11 de fevereiro. Ele havia pego uma barra de chocolate e um pacote de salgadinhos Doritos, segundo sua mãe, Luciana Cruz, relatou no Facebook.

Os produtos foram pagos por ele depois da agressão e somaram R$ 9,81, de acordo com nota fiscal postada na rede social. Os seguranças o jogaram no chão e o agrediram, com socos e chutes. O garoto, de acordo com o relato, também levou 6 tiros de revólver airsoft.

Luciana afirmou, na rede social, que registrou um boletim de ocorrência.

Em nota enviada ao site EXAME, o Grupo Pão de Açúcar afirmou que "não tolera atos de violência" e que afastou os seguranças envolvidos.

Confira a nota na íntegra:

"A rede informa que não tolera atos de violência e que repudia veementemente qualquer comportamento desse tipo em suas lojas. A conduta relatada não condiz com o procedimento exigido pela companhia, realizado pela equipe de segurança terceirizada contratada. Assim que tomou conhecimento do caso, a rede instaurou um processo interno de apuração, notificando a empresa a prestar todos os esclarecimentos e afastando imediatamente os envolvidos, até que o caso seja esclarecido junto aos órgãos competentes. Além disso, procedeu com o reforço dos processos internos de conduta."

O Grupo G8 Comando, que faz a segurança da loja em questão, também divulgou uma nota. Confira abaixo:

"O Grupo G8 Comando, empresa que atua há 12 anos no segmento de segurança patrimonial, esclarece que não adota ou compactua com qualquer ato que ofenda a integridade física alheia nas operações de qualquer um de seus mais de 200 clientes. A empresa tem ainda uma escola de formação que não apenas treina profissionais para trabalhar com segurança patrimonial, como recicla periodicamente seus conhecimentos em busca de aperfeiçoamento contínuo. Além disso, o Grupo tem como missão maior a proteção da integridade física e do patrimônio alheio.

O Grupo não tolera qualquer suspeita de desvio de conduta de seus colaboradores e, ainda em respeito às políticas exigidas pelo Pão de Açúcar para os seguranças em suas lojas, desligou imediatamente os três colaboradores envolvidos no relato da unidade do Jabaquara. Paralelamente a essa decisão, a companhia abriu uma sindicância interna para apurar o ocorrido e tomar as demais medidas necessárias. O Grupo salienta ainda que trabalha dentro das determinações da lei 7102 e que não opera com armas de air soft, fato que também será investigado pelas partes. Por fim, a empresa reforça que a abordagem ocorreu no momento em que o jovem saía da loja com itens não pagos e que lamenta qualquer postura que tenha sido tomada por seus funcionários em total desacordo com as políticas do Grupo G8 e exigidas pelo Pão de Açúcar."

Atualizado em 16/02, às 14h20 para inclusão da nota do Grupo G8 Comando.

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