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Saraiva e Fnac apostam em lojas em aeroportos

As livrarias estão de olho no programa do governo de renovar aeroportos com a concessão de terminais à iniciativa privada

Passageiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo: as duas redes vão disputar, já nos próximos meses, a preferência do cliente no aeroporto (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 09h04.

São Paulo - A Saraiva e a Fnac devem se "esbarrar" na busca para abrir mercados. Ambas têm projetos de lojas menores, de olho no programa do governo de renovar aeroportos com a concessão de terminais à iniciativa privada.

As duas redes vão disputar, já nos próximos meses, a preferência do cliente no aeroporto de Guarulhos. A Saraiva já abriu uma unidade na área pública do aeroporto, e a Fnac vai inaugurar uma loja no novo free shop do terminal.

Com o movimento, as duas vão tentar ocupar pelo menos parte do espaço deixado pela Laselva, que sempre dominou este mercado, mas entrou em recuperação judicial em junho do ano passado e está sendo obrigada a abrir mão dos pontos que ocupava.

Para Eduardo Seixas, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, o sucesso da estratégia da Saraiva e da Fnac vai depender do valor pago pelos pontos, que costuma ser bastante elevado nos aeroportos.

Ao longo dos últimos anos, a rede francesa Fnac vem buscando mundialmente alternativas às megastores.

Na Europa, a empresa já começou a abrir lojas mais compactas. Por aqui, esta ideia deve ser aplicada pela primeira vez em Guarulhos.

A nova unidade está prevista para as próximas semanas - a companhia já anunciou a contratação de funcionários em seu site.

O projeto será o primeiro movimento de expansão da Fnac no Brasil em dois anos. A última inauguração da rede foi em 2012, em Goiânia.

Enquanto a Fnac se concentra no projeto de Guarulhos e evita comentar se vai disputar espaços de forma mais agressiva nos aeroportos, a Saraiva montou uma força-tarefa 100% concentrada no potencial do transporte aéreo brasileiro.

O vice-presidente de operações da Saraiva, Pierre Berenstein, diz que a livraria fez estudos específicos voltados aos aeroportos, nicho que pretende explorar nos próximos anos.

A empresa vai atuar tanto em terminais privados quanto participar de licitações abertas pela Infraero.

Cinco em um

A empresa já está apostando alto em Viracopos, terminal próximo a Campinas que, a exemplo de Guarulhos, está na fase final de uma grande reforma.

"Viracopos pode ser uma opção a Guarulhos. As companhias devem aproveitar cada vez mais aeroportos alternativos para lançar voos internacionais", afirma o professor de transporte aéreo e aeroportos da Poli-USP, Jorge Leal Medeiros.

Há duas semanas, a Azul anunciou sua entrada em voos internacionais a partir do aeroporto próximo a Campinas.

A Saraiva vai abrir cinco lojas no local, uma para cada "momento" do passageiro dentro do aeroporto.

Haverá unidades maiores na área pública do terminal e na área de embarque de Viracopos, além de pequenos boxes de até 50 metros quadrados situados em diferentes pontos, caso o passageiro precise de alguma coisa antes de entrar no avião.

Segundo Berenstein, o mix de produtos foi adaptado para o viajante.

Além de livros e revistas, as lojas também terão itens úteis em viagens - como carregadores de celular e adaptadores de energia - e também uma área maior de brinquedos.

"É importante ter itens para o chamado 'presente de culpa', aquele que a pessoa que ficou fora leva para compensar a ausência." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A Saraiva e a Fnac devem se "esbarrar" na busca para abrir mercados. Ambas têm projetos de lojas menores, de olho no programa do governo de renovar aeroportos com a concessão de terminais à iniciativa privada.

As duas redes vão disputar, já nos próximos meses, a preferência do cliente no aeroporto de Guarulhos. A Saraiva já abriu uma unidade na área pública do aeroporto, e a Fnac vai inaugurar uma loja no novo free shop do terminal.

Com o movimento, as duas vão tentar ocupar pelo menos parte do espaço deixado pela Laselva, que sempre dominou este mercado, mas entrou em recuperação judicial em junho do ano passado e está sendo obrigada a abrir mão dos pontos que ocupava.

Para Eduardo Seixas, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, o sucesso da estratégia da Saraiva e da Fnac vai depender do valor pago pelos pontos, que costuma ser bastante elevado nos aeroportos.

Ao longo dos últimos anos, a rede francesa Fnac vem buscando mundialmente alternativas às megastores.

Na Europa, a empresa já começou a abrir lojas mais compactas. Por aqui, esta ideia deve ser aplicada pela primeira vez em Guarulhos.

A nova unidade está prevista para as próximas semanas - a companhia já anunciou a contratação de funcionários em seu site.

O projeto será o primeiro movimento de expansão da Fnac no Brasil em dois anos. A última inauguração da rede foi em 2012, em Goiânia.

Enquanto a Fnac se concentra no projeto de Guarulhos e evita comentar se vai disputar espaços de forma mais agressiva nos aeroportos, a Saraiva montou uma força-tarefa 100% concentrada no potencial do transporte aéreo brasileiro.

O vice-presidente de operações da Saraiva, Pierre Berenstein, diz que a livraria fez estudos específicos voltados aos aeroportos, nicho que pretende explorar nos próximos anos.

A empresa vai atuar tanto em terminais privados quanto participar de licitações abertas pela Infraero.

Cinco em um

A empresa já está apostando alto em Viracopos, terminal próximo a Campinas que, a exemplo de Guarulhos, está na fase final de uma grande reforma.

"Viracopos pode ser uma opção a Guarulhos. As companhias devem aproveitar cada vez mais aeroportos alternativos para lançar voos internacionais", afirma o professor de transporte aéreo e aeroportos da Poli-USP, Jorge Leal Medeiros.

Há duas semanas, a Azul anunciou sua entrada em voos internacionais a partir do aeroporto próximo a Campinas.

A Saraiva vai abrir cinco lojas no local, uma para cada "momento" do passageiro dentro do aeroporto.

Haverá unidades maiores na área pública do terminal e na área de embarque de Viracopos, além de pequenos boxes de até 50 metros quadrados situados em diferentes pontos, caso o passageiro precise de alguma coisa antes de entrar no avião.

Segundo Berenstein, o mix de produtos foi adaptado para o viajante.

Além de livros e revistas, as lojas também terão itens úteis em viagens - como carregadores de celular e adaptadores de energia - e também uma área maior de brinquedos.

"É importante ter itens para o chamado 'presente de culpa', aquele que a pessoa que ficou fora leva para compensar a ausência." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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