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Santander lucra 1,4% menos na América Latina

Pela primeira vez, a região é responsável por mais da metade do lucro do grupo, 51%. Ganhos foram puxados pelo Brasil

Durante 2011, a taxa de inadimplência da América Latina alcançou 4,32%, superior a 4,11% de um ano antes (Pedro Armestre/AFP)

Durante 2011, a taxa de inadimplência da América Latina alcançou 4,32%, superior a 4,11% de um ano antes (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 06h57.

Madri - O Banco Santander ganhou em 2011 na América Latina 4,6 bilhões de euros, 1,4% menos na comparação com os 4,7 bilhões de euros de 2010.

A América Latina é a responsável pela primeira vez por mais da metade do lucro do grupo, concretamente 51%, puxado pelo Brasil que soma 28%.

Assim aponta a informação remetida à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV) pela entidade, que no ano passado ganhou 5,3 bilhões de euros, 35% menos, após destinar 3,1 bilhões de euros a saneamentos extraordinários.

Por países, o Brasil foi novamente o que mais forneceu aos resultados da América Latina, já que a entidade ganhou 2,6 bilhões de euros, 7,2% menos que há um ano.

Atrás aparece o México, onde o grupo registrou lucro de 936 milhões de euros, 40,9% mais, enquanto que no Chile, o Banco Santander ganhou 611 milhões de euros, o que representa 9% menos.

Na Argentina, o banco presidido por Emilio Botín obteve lucro líquido de 287 milhões de euros, 2,7% menos, enquanto que no Uruguai ganhou 20 milhões de euros, 70,3% menos.

A Colômbia registrou lucro líquido de 58 milhões de euros, 43% mais. Em Porto Rico, o lucro alcançou 34 milhões de euros, o que representa 10,1% menos que há um ano.

Além da América Latina, a presença do Santander na América inclui os negócios nos Estados Unidos, onde o Banco Sovereign obteve lucro de 526 milhões de euros, 24% mais que os 424 milhões de euros de 2010.

Durante 2011, todas as margens do negócio aumentaram na América Latina, principalmente os juros, que alcançou os 16,4 bilhões de euros, 12,2% mais.


A margem bruta aumentou 8,5%, para os 22,4 bilhões de euros, enquanto que o líquido (o que melhor reflete o negócio puro bancário) subiu 6,5%, para os 13,5 bilhões de euros.

A margem líquida do Brasil aumentou 10,6%, para os 9,963 bilhões de euros, enquanto que no México caiu 3,3%, para 1,3 bilhão de euros.

Durante 2011, a taxa de inadimplência da América Latina alcançou 4,32%, superior a 4,11% de um ano antes.

A taxa de inadimplência do Brasil foi de 5,38%, contra 4,91% de 2010. Na América Latina, o Banco Santander conta com 91.887 funcionários e 6.046 escritórios.

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