Samuel Klein pressiona Pão de Açúcar
São Paulo - As desavenças entre Casas Bahia e Pão de Açúcar começaram alguns dias depois do anúncio da fusão entre os grupos, em dezembro. Mesmo na presidência da nova empresa, Michael Klein precisava submeter suas decisões a Abílio Diniz, segundo fontes ligadas à família Klein. Quando o negócio foi fechado, combinou-se uma gestão compartilhada. […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - As desavenças entre Casas Bahia e Pão de Açúcar começaram alguns dias depois do anúncio da fusão entre os grupos, em dezembro. Mesmo na presidência da nova empresa, Michael Klein precisava submeter suas decisões a Abílio Diniz, segundo fontes ligadas à família Klein. Quando o negócio foi fechado, combinou-se uma gestão compartilhada. Mas, em poucos dias, Michael dizia a amigos sentir-se como uma rainha da Inglaterra. Nos últimos quatro meses, a insatisfação só cresceu. Um mês atrás, os Klein contrataram advogados para rediscutir o contrato e, nos últimos dias, Samuel Klein, o fundador da Casas Bahia, com 86 anos, assumiu as negociações ao lado do filho. As conversas com Abílio e seus executivos tornaram-se mais tensas depois que o fundador entrou em cena.
Em mais de uma reunião os Klein ameaçaram romper o contrato e desistir da fusão. Foi por isso que, nesta semana, o Pão de Açúcar aceitou rediscutir o negócio. Os profissionais envolvidos na operação não enxergam uma saída simples. Para fazer todas as mudanças exigidas, seria preciso apagar tudo e fazer outro contrato. O Pão de Açúcar, por outro lado, é uma companhia aberta, e tem limites para ceder. Nos últimos meses, suas ações foram negociadas num cenário determinado pelo contrato assinado em dezembro. Ou seja: se mudar, o grupo se arrisca a ser processado por acionistas minoritários. Tudo isso torna o caso um dos imbróglios de fusão e aquisição mais complicados do País. Procurado, o Pão de Açúcar não quis se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - As desavenças entre Casas Bahia e Pão de Açúcar começaram alguns dias depois do anúncio da fusão entre os grupos, em dezembro. Mesmo na presidência da nova empresa, Michael Klein precisava submeter suas decisões a Abílio Diniz, segundo fontes ligadas à família Klein. Quando o negócio foi fechado, combinou-se uma gestão compartilhada. Mas, em poucos dias, Michael dizia a amigos sentir-se como uma rainha da Inglaterra. Nos últimos quatro meses, a insatisfação só cresceu. Um mês atrás, os Klein contrataram advogados para rediscutir o contrato e, nos últimos dias, Samuel Klein, o fundador da Casas Bahia, com 86 anos, assumiu as negociações ao lado do filho. As conversas com Abílio e seus executivos tornaram-se mais tensas depois que o fundador entrou em cena.
Em mais de uma reunião os Klein ameaçaram romper o contrato e desistir da fusão. Foi por isso que, nesta semana, o Pão de Açúcar aceitou rediscutir o negócio. Os profissionais envolvidos na operação não enxergam uma saída simples. Para fazer todas as mudanças exigidas, seria preciso apagar tudo e fazer outro contrato. O Pão de Açúcar, por outro lado, é uma companhia aberta, e tem limites para ceder. Nos últimos meses, suas ações foram negociadas num cenário determinado pelo contrato assinado em dezembro. Ou seja: se mudar, o grupo se arrisca a ser processado por acionistas minoritários. Tudo isso torna o caso um dos imbróglios de fusão e aquisição mais complicados do País. Procurado, o Pão de Açúcar não quis se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.