Negócios

Samsung vende participação no Estaleiro Atlântico Sul

O movimento vai na contramão do que estaria sendo negociado nos bastidores com apoio do governo para salvar o estaleiro pernambucano

A própria presidente da Petrobrás, Graça Foster, teria entrado diretamente na negociação (Agência Petrobras/Divulgação)

A própria presidente da Petrobrás, Graça Foster, teria entrado diretamente na negociação (Agência Petrobras/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2012 às 08h19.

Rio de Janeiro - O renomado estaleiro coreano Samsung vendeu os 6% de participação que detinha no Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para os sócios Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que passam a ter 50% cada do empreendimento. O movimento vai na contramão do que estaria sendo negociado nos bastidores com apoio do governo para salvar o estaleiro pernambucano da série de atrasos em encomendas bilionárias para a Petrobrás.

A ideia que teria circulado até o início do mês seria aumentar a participação do Samsung no empreendimento de forma a aproveitar o know-how do grupo coreano e acelerar os projetos fundamentais para a aumentar a produção da Petrobras e perfurar o pré-sal. O Samsung é uma das principais referências no mundo na construção de navios, plataformas e sondas de perfuração, e capitaneava o conhecimento dos sócios brasileiros no empreendimento.

A própria presidente da Petrobrás, Graça Foster, teria entrado diretamente na negociação. Ela esteve no estaleiro no último dia 28 e confirmou a jornalistas encontrar-se reservadamente com os sócios do empreendimento. Mas, sobre uma possível negociação para mudança de controle acionário, respondeu que não tinha o que comentar já que o contrato da Petrobras é com a empresa de investimento Sete Brasil, que encomendou as construções ao estaleiro.

No último dia 5, o EAS chegou a negar em nota que estivesse havendo transferência do controle acionário para a Samsung e anunciou que receberia reforço operacional de uma equipe de 120 coreanos. Ontem à noite, a Queiroz Galvao Participações e Concessões e Camargo Correia Naval confirmou o negócio em sentido inverso.

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