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Salário dos CEOs brasileiros ultrapassou R$ 1,1 bilhão em 2021; veja ranking

Número significa um salário médio mensal de mais de R$ 1 milhão por executivo

Salário (CSA-Archive/Getty Images)

Salário (CSA-Archive/Getty Images)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 25 de julho de 2022 às 14h38.

Última atualização em 25 de julho de 2022 às 14h41.

A remuneração anual conjunta dos 90 CEOs das empresas que compõem o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, superou a marca de R$ 1,1 bilhão em 2021, o que significa um salário médio mensal de mais de R$ 1 milhão por executivo.

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Mesmo com a pandemia e o crescimento lento da economia, a remuneração de quem ocupa os cargos do topo das organizações brasileiras está em crescimento: o aumento desses executivos foi de 30%, em média, em relação ao ano anterior.

O tema da remuneração dos executivos é alvo de discussão não apenas no Brasil, mas no mundo todo. Nos Estados Unidos, a questão gera polêmicas. Recentemente, a gigante do e-commerce Amazon foi questionada pela remuneração de Andy Jassy, seu CEO, que recebeu, sozinho, R$ 1,1 bilhão em um ano.

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O levantamento dos ganhos foi feito a partir da documentação pública sobre remuneração que as empresas listadas têm de entregar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tendo sido tabulados por Renato Chaves, especialista em governança corporativa.

Os dados não informam o nome do executivo que recebe o maior salário, mas, no geral, o CEO tem a maior remuneração. No Brasil, a regulação exige a divulgação dos salários dos executivos das empresas de capital aberto desde 2019. A regra, na época, foi alvo de muitas reclamações das empresas, que diziam temer pela segurança dos executivos.

Os dados mostram que, mesmo entre quem recebe salários de dar inveja a qualquer um, há um grupo de “super vips”. Dos bilionários salários pagos pelas 90 empresas do Ibovespa, R$ 400 milhões, ou 30% do total, estão nas mãos de apenas dez executivos.

CEOs brasileiros com os maiores salários de 2021:

  • Sergio Rial, ex-presidente do banco Santander no Brasil: R$ 59 milhões;
  • Eduardo Bartolomeo, líder da mineradora Vale: R$ 55 milhões;
  • Milton Maluhy, do Itaú Unibanco: R$ 53 milhões;
  • Pedro Zinner, presidente da Eneva: R$ 52,7 milhões;
  • Gilberto Tomazoni, da JBS: R$ 52,6 milhões.

Em relação ao salto de 30% na remuneração de altos executivos de um ano para o outro, a principal explicação das empresas se refere ao fato que, em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, muitos dos salários não sofreram reajuste algum - e que o ano passado foi o momento de compensar parte dessas perdas.

O Estadão procurou as dez empresas que pagam os maiores salários. A Vale disse que sua remuneração segue práticas de mercado. O Bradesco disse, em nota, que o pagamento “é aprovado em assembleia de acionistas”. As demais empresas preferiram não comentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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