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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Destaque no leilão de rodovias federais realizado nesta terça-feira (09/10), na Bolsa de Valores de São Paulo, a empresa espanhola OHL já administra quatro estradas em algumas das áreas mais ricas do interior de São Paulo, com um total de 1147 quilômetros de vias. O número faz da companhia a segunda maior do setor de concessões de rodovias no Brasil, em termos de quilômetros administrados.
A mais movimentada das estradas da OHL é a Intervias, que interliga centros regionais como Piracicaba, Limeira, Araras e São Carlos. Pela estrada circularam 47 milhões de veículos, em 2006 - apenas como comparação, o movimento corresponde a pouco menos da metade do registrado na Rodovia dos Bandeirantes, principal ligação da capital paulista com a maior cidade do interior do Estado, Campinas.
Sob controle da OHL estão também a Autovias, que liga São Carlos a Ribeirão Preto e Franca, além da Centrovias, trecho de comunicação entre Bauru, Rio Claro e São Carlos. A empresa responde, ainda, pela Via Norte, que une Ribeirão Preto ao sul de Minas Gerais. As quatro operações correspondem a 11,6% de toda a extensão de rodovias sob concessão privada no país, excetuando-se os trechos licitados hoje.
Essa extensão garante à OHL uma posição confortável também no ranking de faturamento do setor das concessionárias. A empresa é a vice-campeã em receita bruta no país, com uma fatia de 10,9% da renda total.
Após o leilão, a subsidiária do Brasil deve se destacar também no balanço internacional da companhia. Antes dos lances de hoje, o número de estradas brasileiras sob controle da OHL Concesiones, braço da empresa especializado em administração de rodovias, igualava-se ao da Espanha, país-sede da empresa, e aos do Chile e do México, outros países onde ela atua em rodovias pedagiadas. Com os trechos conquistados nesta terça-feira, o Brasil passa à frente de todas essas operações, em quantidade de trechos.
A OHL Concesiones correspondeu, no ano passado a mais da metade do EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) do grupo, que também atua em projetos de infra-estrutura portuária e aeroportuária. A receita da OHL como um todo alcançou 3,3 bilhões de euros, a partir de operações em 17 países.
O grupo é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações na Bolsa de Madri desde 1989.