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Sadia e Perdigão lutam contra o tempo para fechar fusão

Empresas querem anunciar acordo nesta quinta, mas ainda não há consenso sobre a inclusão do banco Concórdia, da Sadia, no negócio

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As negociações para a fusão entre Sadia e Perdigão se intensificaram nas últimas horas. O objetivo dos controladores das duas empresas é anunciar a transação nesta quinta-feira, quando ambas comunicam ao mercado seus resultados trimestrais. Segundo executivos que participam das conversas, existe uma chance de 90% de que a fusão seja anunciada nesta quinta.

Ainda de acordo com esses executivos, o último entrave à conclusão do negócio era o destino do Banco Concórdia, da Sadia. Os controladores da Sadia querem incluir o banco no negócio. Os fundos que controlam a Perdigão já manifestaram seu desejo de não comprar a instituição financeira. Nesta quarta-feira, executivos dos dois lados tentavam elaborar uma saída para esse impasse.

A pressa tem ainda uma razão prática. Nesta quinta-feira, Sadia e Perdigão anunciarão resultados decepcionantes. A corretora Brascan estima que a Perdigão terá um prejuízo de 41 milhões de reais. Já a Sadia, ainda de acordo com as projeções da Brascan, terá um prejuízo de 182 milhões de reais. O anúncio da criação da mais nova multinacional brasileira, portanto, ajudaria a tirar os holofotes dos maus resultados. Nesta quarta-feira, as ações das duas empresas se desvalorizaram na Bolsa de Valores de São Paulo. Os papéis da Perdigão caíram 2,34%. As ações PN da Sadia, 4,26%.

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